Educational video: Eine Reise um die Welt! | die Deutsche Aussprache üben

This is my newest video. It is about a trip around the world. It is partially based on my own travel experiences, since I already have visited many countries, actually more than appear in this video. 🙂 The idea behind the video is offering easy and slow pronunciation for A1-A2 students.

This is the fifth educational video to learn German as a foreign language I produced for Hallo Deutschschule from Switzerland. I produced it with Vyond.

Das ist das fünfte DaF-Video, das ich für die Hallo Deutschschule aus der Schweiz erstellt habe. Es wurde mit Vyond erstellt.

Educational video: Deutsch lernen | Eine wilde Nacht – Was ist gestern passiert? Ich kann mich nicht erinnern!

My newest video. It is about a funny hangover story and ideal to learn the German Perfekt tense.

This is the fourth educational video to learn German as a foreign language I produced for Hallo Deutschschule from Switzerland. I produced it with Vyond.

Das ist das vierte DaF-Video, das ich für die Hallo Deutschschule aus der Schweiz erstellt habe. Es wurde mit Vyond erstellt.

Educational video: Deutsch lernen mit Dialogen A2, B1 – Kasus Genitiv – Beispiele, Regeln und Erklärungen zum 4. Fall

This is the third educational video to learn German as a foreign language I produced for Hallo Deutschschule from Switzerland. I produced it with Vyond.

Das ist das dritte DaF-Video, das ich für die Hallo Deutschschule aus der Schweiz erstellt habe. Es wurde mit Vyond erstellt

Educational video: Deutsch lernen A1 | Verben im Partizip Perfekt mit Stammvokaländerung | Dativ

This is the second educational video to learn German as a foreign language I produced for Hallo Deutschschule from Switzerland. I produced it with Vyond.

Das ist das zweite DaF-Video, das ich für die Hallo Deutschschule aus der Schweiz erstellt habe. Es wurde mit Vyond erstellt.

Educational video: Deutschlernen mit Dialogen A1 | Frühstück, Mittag- und Abendessen | Vokabular und Verbkonjugationen

This is the first educational video to learn German as a foreign language I produced for Hallo Deutschschule from Switzerland. I produced it with Vyond.

Das ist das erste DaF-Video, das ich für die Hallo Deutschschule aus der Schweiz erstellt habe. Es wurde mit Vyond erstellt.

Língua como Patrimônio Cultural: O Caso do Papiamentu, Língua Crioula Afro-Caribenha

Língua como Patrimônio Cultural: O Caso do Papiamentu, Língua Crioula Afro-Caribenha

Apresentação de  “Língua como Patrimônio Cultural: O Caso do Papiamentu, Língua Crioula Afro-Caribenha” no III Congresso Internacional e Interdisciplinar em Patrimônio Cultural: Experiências de Gestão e Educação em Patrimônio, ocorrido de forma virtual de 7 a 11 de junho de 2021 a partir da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (campi Nova Iguaçu e Seropédica) e na Universidade Veiga de Almeida.

Grupo de Trabalho 8: Patrimônio, Cultura e Relações Etnico-Raciais

Apresentação PowerPoint: solicite por e-mail.

Caderno de Resumos

Resumo:

Língua como Patrimônio Cultural: O Caso do Papiamentu, Língua Crioula Afro-Caribenha

O Papiamentu é uma língua crioula afro-caribenha falada em Aruba, Bonaire e Curaçao (ilhas ABC). Apesar desta língua ter se formado há cerca de 350 anos e ser falada pela vasta maioria da população das ilhas ABC, ela só se tornou língua oficial em 2003 em Aruba e em 2007 em Curaçao, enquanto que em Bonaire, um município ultramarino especial do Reino dos Países Baixos, ele é apenas reconhecido como língua local sem status de língua oficial. Entre as línguas classificadas como crioulas no campo da Linguística, o Papiamentu se destaca por ser uma das poucas com status de língua oficial. Esta apresentação tem como objetivo analisar historicamente como se deu a formação do Papiamentu e como este idioma afro-caribenho de influência crioulo-portuguesa se tornou patrimônio cultural e símbolo de identitário nacional e regional, tendo como pano de fundo o sistema colonial holandês e sistemas educacionais que já usam parcialmente o Papiamentu, mas que ainda usam amplamente o holandês e, algumas vezes, até mesmo o inglês como línguas de instrução. Além disso, também serão examinados os principais fatores que transformaram e transformam o Papiamentu em um veículo de manifestações históricas, artísticas, identitárias, de emancipação e de independência cultural dentro do contexto afro-caribenho no qual se encontra inserido.

Os Tabons do Gana, a diáspora afro-brasileira na África Ocidental ainda pouco conhecida

Capítulo em livro

Os Tabons do Gana, a diáspora afro-brasileira na África Ocidental ainda pouco conhecida

Marco Aurelio Schaumloeffel

Livro: Mosaico: A construção de identidades na diáspora africana. Elaine Pereira Rocha; Nielson Rosa Bezerra (orgs.). Jundiaí (SP): Paco Editorial, 2021. ISBN: 9786558401117.

Páginas 43-65

 

Acesso: https://www.pacolivros.com.br/mosaico-diaspora

Sinopse

Baseada em estudos profundos da Diáspora Africana, esta obra é resultado da parceria de autores de diversas nacionalidades, áreas de conhecimento e pontos de vista distintos, em relação a esse momento histórico do continente, considerando também a América Latina. A obra Mosaico: a construção de identidades na Diáspora Africana apresenta ao longo de seus nove capítulos relatos importantes sobre “história dos negros na América Latina e na África”, destacando a resistência e a luta dos negros no diz respeito a escravidão no continente. Além disso, a obra apresenta importante discussão sobre “as migrações negras” e a identidade na Diáspora”, além de reconhecer a importância das mulheres negras e cubanas no período.

Sumário

Apresentação

1. Anglo-caribenhos transplantados: os povos esquecidos nas margens ocidentais do mar do Caribe

2. Os Tabons no Gana, a diáspora afro-brasileira na África Ocidental ainda pouco conhecida

3. Marinheiros caribenhos: identidade e organização na diáspora negra (1918-1945)

4. Gestando Cuba: a poética das mulheres afro-cubanas

5. A trajetória de M. G. Baquaqua no Brasil: escravidão, liberdade e emancipação no Mundo Atlântico

6. “Shades of Spade” – classificações de cor para afrodescendentes e taxonomia racial em Porto Rico e no Caribe Anglófono

7. Resistência escrava, fronteiras e espacialidades afro-amazônicas (1850-1880)

8. Construção e afirmação de identidades afro-latinas

9. Testemunha da história negra: Baobás no Brasil e no Caribe

Sobre os autores

Papiamento y la conexión brasileña establecida mediante los judíos sefardíes

Papiamentu and the Brazilian Connection Established through the Sephardic Jews (Papiamento y la conexión brasileña establecida mediante los judíos sefardíes)

Marco A. Schaumloeffel

Article published in English in Revista Letras, Universidad Nacional Costa Rica

Schaumloeffel, M. (2020). Papiamento y la conexión brasileña establecida mediante los judíos sefardíes. LETRAS1(67), 75-89. https://doi.org/10.15359/rl.1-67.4

Links: Schaumloeffel – Papiamentu and the Brazilian Connection Established through the Sephardic Jews – Letras Feb2020

Abstract

This study examines the linguistic contact between Papiamentu and Brazilian Portuguese established when the Sephardic Jews were expelled from Dutch Brazil and some of them relocated in Curaçao. Three lexical items of PA (yaya, ‘nanny, nursemaid’; bacoba, ‘banana’; and fulabola ‘forefinger, index finger’) are analysed and put into their historical context to show that their presence in Papiamentu can be attributed to the contact between Brazil and Curaçao due to the forced migration of the Sephardic Jews and their servants.

Resumen

El estudio examina el contacto lingüístico entre el papiamento y el portugués brasileño, establecido cuando los judíos sefardíes fueron expulsados del Brasil Holandés y algunos se trasladaron a la isla Curazao. Tres unidades lexicales del papiamento (yaya, ‘niñera, niñera’; bacoba, ‘banana’; y fulabola, ‘dedo índice) se analizan y ponen en su contexto histórico para mostrar que su presencia en papiamento es atribuible al contacto entre Brasil y Curazao, con la forzada migración de los judíos sefardíes y sus criados.

Keywords: Papiamentu, Brazilian Portuguese, origins of Papiamentu, Sephardic Jew

Palabras clave: papiamento, portugués brasileño, orígenes del papiamento, judíos sefardíes

Citas

Buarque de Holanda Ferreira, Aurélio. Novo dicionário eletrônico da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2009.

Câmara Cascudo, Luís da. Dicionário do folclore brasileiro. Rio de Janeiro: Ediouro, 2003. DOI: https://doi.org/10.2307/335622.

Duarte, Rojane. “A origem e o significado de iaiá.” Ciberdúvidas da língua portuguesa, 2007, 30 Nov 2017, <https://ciberduvidas.iscte-iul.pt/consultorio/perguntas/a-origem-e-o-significado-de-iaia/20689>.

Goodman, Morris. The Portuguese Element in the American Creoles. Honolulu: University of Hawaii Press, 1987.

Holm, John. An Introduction to Pidgins and Creoles. Cambridge: Cambridge University Press, 2000. DOI: https://doi.org/10.1017/CBO9781139164153.

Houaiss, Antônio. Dicionário eletrônico Houaiss da língua portuguesa. 3.0. Rio de Janeiro: Objetiva, 2009. DOI: https://doi.org/10.11606/d.8.2009.tde-30112009-151358

Jacobs, Bart. “The Upper Guinea Origins of Papiamentu Linguistic and Historical Evidence.” Diachronica 26, 3 (2009). DOI: https://doi.org/10.1075/dia.26.3.02jac.

Jacobs, Bart. Origins of a Creole: The History of Papiamentu and its African Ties. Berlin: De Gruyter, 2012. DOI: https://doi.org/10.1515/9781614511076.

Johnen, Thomas. “Frederiks, Bernardus Th. J. (2009 [1859]): Woordenlijst der in der landstaal van Curaçao meest gebruikelijke woorden; alphabetisch neu geordnet mit dem heutigen Sprachstand verglichen und etymologisiert von Johannes Kramer, Hamburg: Buske (Kreolische Bibliothek; 22),” Lusorama 97-98 (2014): 254-265.

Johnen, Thomas. Bakoba pa makaku: Sobre a problemática dos africanismos na lexicografia do Papiamentu (2014), manuscript.

Karner, Frances P. The Sephardics of Curacao: A Study of Socio-Cultural Patterns in Flux. Assen: Van Gorcum, 1969.

Kouwenberg, Silvia. “Papiamentu Structure Dataset,” Atlas of Pidgin and Creole Language Structures Online. Leipzig: Max Planck Institute for Evolutionary Anthropology, 29 Jan 2017, <http://apics-online.info/contributions/47>.

Kramer, Johannes. Kleines etymologisches Wörterbuch Papiamento-Deutsch Deutsch-Papiamento. Hamburg: Buske, 2013.

Martinus, Frank. The Kiss of a Slave: Papiamentu’s West-African Connections. Amsterdam: Universiteit van Amsterdam, 2004.

Pessoa de Castro, Yeda. Falares africanos na Bahia: Um vocabulário afro-brasileiro. Rio de Janeiro: Topbooks, 2001.

Ratzlaff, Betty. Papiamentu/Ingles dikshonario, English/Papiamentu Dictionary. Kralendijk: TWR Dictionary Foundation/Science Press, 1995.

Rossel, Gerda. Taxonomic-Linguistic Study of Plantain in Africa. Leiden: Research School CNWS, 1998.

Rupert, Linda M. Creolization and Contraband: Curaçao in the Early Modern Atlantic World. Athens, Georgia: University of Georgia Press, 2012. DOI: https://doi.org/10.1111/ tla.12005_4.

Salles, Vicente. Vocabulário crioulo: contribuição do negro ao falar regional amazônico. Belém: Instituto de Artes do Pará, 2003.

Van Putte, Florimon. “Dede Pikina, de Braziliaanse Connectie En de Yaya,” Kristòf XII, 4 (2003).

Mea deefe unsere Kultur net sterwe losse

Brasilianisches Hunsrückisch

Mea deefe unsere Kultur net sterwe losse

Marco Aurelio Schaumloeffel

Texto selecionado no I Concurso Literário de Poemas e Contos em Hunsrückisch e publicado no livro “Hunsrückisch em Prosa e Verso”, páginas 93-96.

Hunsrückisch em prosa & verso: textos do Concurso Literário de Poemas e Contos em Hunsrückisch 2017 . Organizadores, Cleo V. Altenhofen … [et al.]. Porto Alegre: Instituto de Letras – UFRGS, 2018.

ISBN on-line: 978-85-64522-38-1

 

Hier lese ich meinen Text in meiner Muttersprache brasilianisches Hunsrückisch vor (ohne mir großen Sorgen über die Audioqualität zu machen, nur um die Aussprache des Hunsrückischen vom Speckhof/Boa Vista do Herval, Landkreis Santa Maria do Herval, im Bundesland Rio Grande do Sul, Südbrasilien, zu registrieren). Eine dreisprachige Version des Textes finden Sie weiter unten.

Aqui o vídeo-áudio do meu texto (sem grande preocupação com qualidade de áudio profissional, apenas para registrar a pronúncia do Hunsrückisch da comunidade de Speckhof/Boa Vista do Herval, município de Santa Maria do Herval – RS).

Aqui está o texto trilíngue /  Der Dreisprachiger Text ist hier:

Mea deefe unsere Kultur net sterwe losse – Hunsrückisch, Hochdeutsch,  Português

 

O contato linguístico no Sul do Brasil – o caso do Hunsrückisch

O contato linguístico no Sul do Brasil – o caso do Hunsrückisch

Marco Aurelio Schaumloeffel

1) Palestra de encerramento “O contato linguístico no Sul do Brasil – o caso do Hunsrückisch” do VIII Encontro Internacional do Grupo de Estudos de Línguas em Contato – GELIC, realizado em Belém/PA, de 20 a 22 de novembro de 2019, na Universidade do Estado do Pará – UEPA.

Apresentação PowerPoint: solicite por e-mail.

2) Participação em mesa redonda: Constituição de corpora e a pesquisa sobre o contato linguístico em variedades de fala: questões teóricas e metodológicas, com Bruno Rocha (UFMG), Edenize Ponzo Peres (UFES), Marco Aurélio Schaumloeffel (UWI)

Website do evento: https://www.even3.com.br/viiigelic/ 

Syntactic Interferences of Portuguese in Brazilian Hunsrückisch

Syntactic Interferences of Portuguese in Brazilian Hunsrückisch

Marco Aurelio Schaumloeffel

Presentation at the 19th Annual Conference of the Association of Portuguese and Spanish-Lexified Creoles & the Summer Conference of the Society for Pidgin and Creole Linguistics
 
17-19 June 2019
 
Universidade de Lisboa, Portugal

PowerPoint of presentation: request by e-mail

 

Abstract

Syntactic Interferences of Portuguese in Brazilian Hunsrückisch

Marco Aurelio Schaumloeffel
Brazilian Studies, The University of the West Indies, Cave Hill Campus, Barbados

Brazilian Hunsrückisch (HR) is the most widely spoken variety of German in Brazil. German immigration to Brazil started in 1824 and lasted for over a century. Today, it is estimated that there are between 1.2 million Altenhofen 2017) and 3 million (Ethnologue 2018) native speakers of the Brazilian variety of Hunsrückisch. The almost 200-year-old contact situation
with Brazilian Portuguese (PT) created a favourable environment for linguistic interferences (cf. Weinreich 1953; Juhász 1980) in both languages. As result, it is common to find grammatical, lexical and semantic interferences of PT in the varieties of HR (cf. Sambaquy-
Wallner 1998; Altenhofen 1996; Damke 1997, among others). The focus of this paper is to verify the existence of syntactic interferences of PT in HR and to do an unprecedented analysis of these interferences in the HR variety spoken in the community of Boa Vista do Herval, also known as Speckhof in HR, located in the mountainous region of the Northeast of the state of Rio Grande do Sul, Southern Brazil. Data collected from 36 speakers selected according to sociolinguistic criteria based on age, gender, level of schooling, religion and income were transcribed and analysed. The main syntactic interference found in the data examined in this paper is the calquing of the verb position from the PT syntactic structure, i.e., the change for some speakers in the position of the verb in HR from a typical HR behaviour, also in line with standard German, to a verb position typical for PT. Sentences presenting this change will be analysed, showing that there effectively are syntactic interferences of PT in the HR variety spoken in Speckhof.

 

Papiamentu and the Brazilian connection established through the Sephardic Jews

Papiamentu and the Brazilian connection established through the Sephardic Jews

Marco Aurelio Schaumloeffel
Presentation at the 22nd Biennial Conference of the The Society for Caribbean Linguistics (SCL)
Heredia/Limón, Costa Rica 5th-12th August 2018
Conference Programme
Conference website

Abstract

Papiamentu and the Brazilian connection established through the Sephardic Jews

A direct historical connection between Curaçao and Brazil was established due to the resettlement of Sephardic Jews, their assistants, and their free and enslaved African servants from Dutch Brazil to the Caribbean after the Dutch were expelled by the Portuguese from the Northeast of Brazil. Portuguese-speaking Jews from Brazil began to arrive in Curaçao in 1659. This period coincides with the period between 1634 and 1677, considered crucial for the formation of Papiamentu (Jacobs, The Upper Guinea origins of Papiamentu Linguistic and historical evidence 353). Portuguese was one of the languages spoken by the Sephardi in Curaçao. From the beginning, the Jewish congregation in Curaçao even used Portuguese for their religious services; they only changed to Spanish in the nineteenth century (Holm, An Introduction to Pidgins and Creoles 78). The historical facts involving the dislocation of people from Pernambuco, Brazil to Curaçao naturally lead to the assumption of a possible influence of these Portuguese-speaking Sephardic Jews and their Afro-Brazilian servants in the formation of Papiamentu (PA). Although the current body of research in PA completely discards the hypothesis of a Brazilian origin of Papiamentu, as postulated in 1987 by Goodman (The Portuguese element in the American Creoles), the intention of this presentation is to show that there are effective links between these two areas and that there probably was some secondary degree of influence from Brazilian Portuguese during the formation process of PA. Even if they existed, it certainly would be difficult to prove that some of the PA features present in the deeper layers of the language could be specifically attributed to an influence from Brazilian Portuguese or the Portuguese spoken by the Sephardi, as it probably would be difficult to clearly set them apart from the features incorporated into PA that are also present in other Portuguese variants and in West African Portuguese-based creoles. However, specific lexical items that will be discussed in this presentation show that their transfer to PA may have happened because of the dislocation of Sephardic Jews and their servants from Brazil to Curaçao. Traces of at least one of those lexical items can also be found in French Guiana and in Suriname, the final destination for some of those expelled from Brazil or the temporary destination as place of passage for others that later headed to Curaçao. Some lexical items, including PA yaya ‘nanny, nursemaid’, bacoba ‘banana’ and fulabola ‘forefinger, index finger’, will be analysed to show that their presence in PA can probably be specifically attributed to the historical connection created between Brazil and Curaçao due to the forced migration of the Sephardic Jews and their servants.

The multifunctionality of Papiamentu pa and its similarities with Vernacular Brazilian Portuguese

The multifunctionality of Papiamentu pa and its similarities with Vernacular Brazilian Portuguese

Marco A. Schaumloeffel

Article published in the Journal of Portuguese and Spanish Lexically-based Creoles / Revista de Crioulos de Base Lexical Portuguesa e Espanhola 7 (2017), pp. 15-33. ISSN 1646-7000. Association of Portuguese- and Spanish-Lexified Creoles/Associação de Crioulos de Base Lexical Portuguesa e Espanhola (ACBLPE). Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Released in March 2018.

Link: http://www.acblpe.com/revista/volume-7-2017/the-multifunctionality-of-papiamentu-pa-and-its-similarities-with-vernacular-brazilian-portuguese

Here you can also download the pdf file.

Abstract

The Papiamentu (PA) element pa covers a broad array of functions, operating as a preposition, a mood marker and a complementiser. Lefebvre and Therrien (2007) compare the functions of PA pa to those of para in standard Portuguese (PT), noting that the 15 functions of pa they identify do not match up with the significantly fewer functions of PT para. In this study, it is argued that the functions claimed by Lefebvre and Therrien (2007) to be shared by PA pa and PT para are not without questions. Moreover, we offer a comparison between PA pa and pra in Vernacular Brazilian Portuguese (VBP), showing that these two elements share all 15 functions identified by Lefebvre and Therrien (2007). Finally, we offer an account as to why this sharp discrepancy exists between the results of the PA pa – PT para.

Keywords: Papiamentu, Vernacular Brazilian Portuguese, Multifunctionality of Papiamentu pa, Origins of Papiamentu

Questionamentos e Discussões Essenciais Acerca de um Possível Sistema de Escrita para o Hunsrückisch Brasileiro

Questionamentos e Discussões Essenciais Acerca de um Possível Sistema de Escrita para o Hunsrückisch Brasileiro

Marco Aurelio Schaumloeffel

 

Artigo publicado na revista Trama, v. 14, n. 31 (2018), p. 109-121, e-ISSN 1981-4674

 

Link para a publicação:

http://e-revista.unioeste.br/index.php/trama/article/view/17600/12408

Artigo em arquivo PDF para download

Errata:  a formatação do artigo provavelmente causou uma mistura/um corte nas palavras na seguinte passagem:

“Assim, há duas formas de escrita e algumas diferenças no Papiamentu, conforme o ilustrado através dos exemplos de palavras apresentadas abaixo:
Curaçao e Bonaire: étiko, kas, piská, Papiamentu, kombinashon, lèternan, ferfdó
Aruba: etico, cas, pisca, Papiamento, combinacion, letranan, pintor
Português: ético, casa, peixe, Papiamentu(o), combinação, cartas, pintor”

Original do artigo submetido pode ser lido aqui.

RESUMO: O objetivo deste trabalho é discutir basilarmente por que e se o Hunsrückisch brasileiro, a língua falada por grande parte dos descendentes de alemães no Brasil, deve ter um sistema de escrita estabelecido. Com base nestas questões, as vantagens e desvantagens de um eventual estabelecimento de um sistema de escrita serão analisados e ponderações feitas sobre o que este sistema, no contexto da complexidade e da presença de muitas variedades, imprescindivelmente deve conter e levar em conta. Serão trazidos exemplos de dois contextos completamente diferentes, nomeadamente da Suíça e das Ilhas ABC (Aruba, Bonaire e Curaçao, no Caribe), onde são falados, respectivamente, o Alemão suíço e o Papiamentu, com o propósito de verificar como estes casos podem apontar para possíveis caminhos e soluções para estas questões. Além disso, duas propostas já existentes de sistemas de escrita para o Hunsrückisch brasileiro serão analisadas e testadas quanto a sua funcionalidade e aplicabilidade.

 PALAVRAS-CHAVE: Hunsrückisch brasileiro, Alemão no Brasil, sistema de escrita, ortografia, variedades linguísticas

 

ABSTRACT: The objective of this article is to fundamentally discuss why and if Brazilian Hunsrückisch, the language spoken by the majority of the German descendants in Brazil, should have an established writing system. Based on these questions, the advantages and disadvantages of a prospective establishment of a writing system will be analysed and considerations will be made about what this system should necessarily contain and regard. Examples from two completely different contexts will be presented, namely from Switzerland and the ABC Islands (Aruba, Bonaire and Curaçao in the Caribbean) where Swiss German and Papiamentu are respectively spoken, in order to verify how those cases can point to possible ways and solutions to these questions. Apart from that, two already existing proposals of writing systems for Brazilian Hunsrückisch will be analysed and tested for their functionality and applicability.  

 KEYWORDS: Brazilian Hunsrückisch, German in Brazil, writing system, orthography, linguistic varieties

Tabom: O Brasil longe do Brasil – Tabom: Brazil away from Brazil

Entrevista concedida à revista Atlântico / Interview for Atlantico Magazine

Instituto Brasil África / Brazil Africa Institute

Tabom: O Brasil longe do Brasil – Tabom: Brazil away from Brazil. Atlantico. Year 3. Number 11. July 2017. Pages 46-50. ISSN 2447-8016. Fortaleza, Brazil.

 

Link para todas as revistas/Link to all magazines: https://ibraf.org/atlantico-magazine/

Link para esta edição / Link to this edition: https://ibraf.org/wp-content/uploads/2017/09/atlantico11.pdf

 

 

 

Considerations on the reciprocity and reflexivity in Papiamentu


Considerations on the reciprocity and reflexivity in Papiamentu

Captura de tela inteira 29072016 164536-001

Marco Aurelio Schaumloeffel
Presentation at the 21st Biennial Conference of the The Society for Caribbean Linguistics (SCL)
Kingston, Jamaica 1st-6th August 2016
Conference Programme
Conference website
References

Abstract

Considerations on the reciprocity and reflexivity in Papiamentu

The Ibero-Romance clitic pronouns were not incorporated into Papiamentu (PA). Instead, PA has today several different possibilities to form reflexives, which replaced the Ibero-Romance clitics:  paña ‘cloth’, kurpa ‘body’, null reflexive, possessive + kurpa, object pronoun, object pronoun + mes < Portuguese mesmo ‘self’, and possessive pronoun + mes (cf. Muysken 1993:286). At least two other strategies of reflexivisation or quasi-reflexivisation are not discussed by Muysken: the use of kabes ‘head’ and of the reciprocal otro ‘other’. While some of those types of reflexives are a common strategy of reflexivisation in several creole languages (Muysken and Smith 1994:271-288), some of them can also be found in other Portuguese-based creoles. Therefore, this might indicate that there is a linguistic link between PA and those creoles when it comes to the realisation of this category of function words.

The aim of this presentation is to ponder on how specifically the reflexives with kurpa, possessive + kurpa, kabes, otro and mes are realised in PA and compare them to their equivalents in other Portuguese and Spanish-based creoles in order to establish if there are linguistic ties that connect PA to them when it comes to reflexivity.

Reflexives with kurpa and possessive + kurpa are also found in the Guinea Bissau and Casamance Portuguese creoles (GBC), which in turn are usually correlated with a Kwa / Bantu substrate (Jacobs 2012:130-131), but are also present in Asian creoles like Papiá Kristang (PK) and Zamboangueño (Holm 2000:225). Reflexives or quasi-reflexives can also be formed with PA kabes, which also encounters equivalents in GBC, Cape Verdean Portuguese-based creoles and PK. Another shared feature of PA with GBC and PK is the use of ‘other’ to express reciprocity, whereas a similar syntax for PA mes can also be found in the Cape Verdean creole of São Vicente, in Principense and in PK.

 

Interestingly, the analysis of the available data always points towards the same direction, since the current realisation of reflexivity in PA seems to be etymologically, and sometimes even through its grammatical functions, linked to other Portuguese-based creoles and to Portuguese, rather than to Spanish or Spanish-based creoles. Holm raised two possibilities for the presence of a reflexive with ‘body’ in Asian creoles, which also can be extended to the other reflexives mentioned above: that they either spread by diffusion or arose independently through the influence of other substrate languages (2000:225). Based on their similar realisation, especially in PK, the former rather seems to be the case.

Why do Papiamento and a Creole Language Spoken in Malaysia have so many similarities?

Why do Papiamento and a Creole Language Spoken in Malaysia have so many similarities?

Two presentations at the Biblioteca Nacional Aruba, Oranjestad, Aruba

Lecture in the series “Lifelong Learninig – Academic Lectures” – May, 17 2016

Diario, 09 May 2016, p. 44

IMG-20160509-WA0000

Invitation

IMG-20160510-WA0002

Diario, 2 June 2016, p. 23

IMG-20160603-WA0000

Some pictures of the two events:

2016-05-20 01.43.35 2016-05-22 14.33.24
2016-05-20 01.43.42 2016-05-22 14.32.46
2016-05-22 14.35.54 2016-05-22 14.33.46
2016-05-22 14.33.09

Abstract

Why do Papiamento and a Creole Language Spoken in Malaysia have so many similarities?

The aim of this presentation is to make relevant considerations on the origin of Papiamento (PA). The discussion on the origins of PA still is object of controversy. Some scholars classify it as a creole language of Spanish origins and others as a creole of Portuguese origins. Recent historical and linguistic evidence suggests that PA owes its origins to the West African Portuguese creoles (cf. Jacobs, Origins of a Creole 2012).

In this presentation, the author provides further evidence in favour of the Portuguese origins of PA by doing an investigation on the historical and linguistic links existing between PA and Papiá Kristang (PK). Historical links are important, but linguistic data is the most reliable evidence of possible genetic ties between creoles. It may seem strange to compare a creole language that developed in Southeast Asia with a creole spoken in former Dutch colonies in the Caribbean, since they are worlds apart. PK, a Portuguese creole spoken in Malacca, Malaysia, is not directly linked to the West African Portuguese creoles like PA, but is a Portuguese creole undoubtedly unrelated to Spanish. This fact turns PK into an interesting tool of comparison to verify possible similarities and correspondences in the PA and the PK grammatical categories, and to establish if PA carries basic Portuguese creole features. The analysis is based on linguistic data from grammars, descriptions and texts in PA and in PK. The focus are grammatical similarities and correspondences that are observed in the structure of both creoles, and the implications these have to determine a possible common origin.

To achieve this objective, a comparison of important linguistic features in the two languages will be made. The evidence suggests that the origins of PA cannot be completely analysed and understood if vital historical and linguistic links to the Portuguese language are ignored. It remains open to discussion whether these ties were solely formed via West Africa and the Portuguese creoles spoken there or not. However, this presentation intends to discard any hypothesis that excludes the fundamental role Portuguese and Portuguese creoles played in the formation of PA.

 

A formação do Papiamento, suas origens portuguesas, africano-ocidentais e brasileiras

Picture

Artigo publicado

A formação do papeamento, suas origens portuguesas, africano-ocidentais e brasileiras
Marco Aurelio Schaumloeffel

(Syn)thesis,v. 7, n. 2 (2014), ISSN 1414-915X
DOI  10.12957/synthesis.2014.19663
UERJ, Rio de Janeiro

Artigo em pdf

Obs.: a publicação (Syn)thesis alterou o título original, revisou o texto e preferiu usar o termo “papeamento”, sem nova consulta após a submissão do artigo. Embora alguns dicionários aceitem o termo “papeamento” e ele também esteja correto, prefiro usar os termos mais correntes: “papiamento” na escrita de Aruba (assim também consta p.ex. no Dicionário Houaiss para o Português) ou “papiamentu” na escrita adotada em Curaçao e Bonaire. Artigo publicado em dezembro de 2015.

Abstract
O objetivo deste artigo é investigar as conexões históricas que contribuíram para a formação do Papiamentu, uma língua crioula falada nas ilhas caribenhas de Aruba, Bonaire e Curaçao (ABC). Através desta análise, pretende-se mostrar que as ligações históricas do Papiamentu indicam que sua origem não se deve ao Espanhol, como muitas vezes é erradamente propagado, mas sim ao Português e aos crioulos portugueses. Estas ligações foram estabelecidas através do tráfico de escravos, o qual usava variantes e crioulos do Português como língua franca de comércio, e através das conexões diretas e indiretas estabelecidas entre as ilhas ABC, a Europa, a África Ocidental e o Brasil.
Palavras-chave: Papiamentu, História, Formação, Línguas Crioulas

Abstract
The objective of this article is to investigate the historic links that contributed to the formation of Papiamentu, a creole language spoken in the Caribbean islands of Aruba, Bonaire and Curaçao (ABC). The intention is to show through this analysis that the historic links of Papiamentu do not point towards a Spanish origin, as many times erroneously disseminated, but to Portuguese and Portuguese creoles. These links were established through the slave trade, which used Portuguese varieties and creoles as their trade lingua franca, and through the direct and indirect connections established between the ABC Islands, Europe, West Africa and Brazil.
Key words: Papiamentu, History, Formation, Creole Languages
Title in English: Formation of Papiamentu, its Portuguese, West African and Brazilian Origins


Source: Marco

Decalques do Português no Hunsrückisch falado no Rio Grande do Sul

Decalques do Português no Hunsrückisch falado no Rio Grande do Sul

Marco Aurelio Schaumloeffel

Apresentação durante o VI Encontro do Grupo de Estudos de Línguas em Contato
7 a 9 de dezPictureembro de 2015, Universidade Federal da Bahia, Salvador – BA

 

 

 

Resumos (Página 57)
Site do evento
PowerPoint da Apresentação: favor solicitar por e-mail
Além da apresentação, também ocorreu a participação no minicurso ‘Language contact/genesis and grammatical development” ministrado por Claire Lefebvre, Université du Québec à Montréal, Canadá.

Abstract

Decalques do Português no Hunsrückisch falado no Rio Grande do Sul

Marco Aurelio Schaumloeffel
Brazilian Studies, The University of the West Indies, Cave Hill Campus, Barbados

O objetivo deste estudo é fazer o levantamento e verificar como ocorre o processo de formação de decalques na variante alemã Hunsrückisch (HR) falada em uma comunidade bilíngue do interior do Rio Grande do Sul. O uso concomitante do Português (PT) e do HR gera um ambiente propício à interferência linguística (cf. Weinreich 1953 10; Juhász 1980) recíproca. Os decalques são o resultado sedimentado das interferências linguísticas que ocorrem em comunidades bilíngues (Schaumloeffel 2007 47) e consistem, especificamente neste estudo, na tradução de empréstimos, na ressemantização (Biderman 2006 36) de termos vindos do PT. Em vez de simplesmente serem adotadas as palavras ou as expressões do PT, como, p.ex., na apropriação lexical, é feita a substituição e elementos correspondentes da língua receptora passam a ser usados. Quando ocorre o decalque, não ocorrem apenas processos semânticos, mas também sintáticos e pragmáticos. O significado no HR permanece equivalente ao do PT; o resultado, porém, é a criação de uma estrutura gramatical ou de uma expressão ou termo antes inexistentes no HR. A análise dos decalques no HR foi feita a partir dos dados levantados em gravações com 36 moradores da localidade de Speckhof, no município de Santa Maria do Herval – RS. Os informantes foram selecionados de acordo com critérios sociolinguísticos como faixas de idade, sexo, grau de escolaridade, religião e fonte de renda com o objetivo de verificar se há graus diferentes de ocorrência de decalques entre os diversos estratos estabelecidos. O estudo verificou a existência de decalques da estrutura sintática, com o verbo em posição diferente da normalmente exigida (P2) no HR, e a ocorrência relativamente produtiva de decalques semânticos provenientes de expressões lexicalizadas do PT.

 

Brasilianisches Hunsrückisch schreiben? / Escrever o Hunsrückisch brasileiro?

Picture

Brasilianisches Hunsrückisch schreiben? / Escrever o Hunsrückisch brasileiro? Perguntas e discussões essenciais.
Marco Aurelio Schaumloeffel


Präsentation während des 9. Brasilianischen Deutschlehrerkongress – Deutsch (über)Brücken – 22.-24. Juli 2015
Universidade do Vale do Rio dos Sinos – São Leopoldo – RS – Brasilien


Programm + Abstracts ISSN 2446-9092 (Abstract auf Seite 30)
Website des Kongresses

PowerPoint der Präsentation: bitte per E-Mail anfragen/solicitar por e-mail

Audio-Datei/Arquivo de áudio com as 10 frases estudadas.

Abstract
Brasilianisches Hunsrückisch schreiben?
Marco Aurelio Schaumloeffel
Brazilian Studies, The University of the West Indies, Cave Hill Campus, Barbados

Ziel dieser Präsentation ist grundsätzlich zu diskutieren, warum und ob man das brasilianische Hunsrückisch (Riograndensisch, Katharinensisch und ihre Varianten) schreiben soll. Anhand dieser Frage, werden die Vor- und Nachteile einer eventuellen Festlegung einer Schreibweise analysiert und was diese unbedingt im Kontext der Komplexität und Vielfalt der Varianten beinhalten und berücksichtigen müsste. Beispiele aus zwei komplett unterschiedlichen Kontexten, nämlich aus der Schweiz und den ABC-Inseln (Aruba, Bonaire und Curaçao in der Karibik), wo Schweizerdeutsch bzw. Papiamentu gesprochen wird, zeigen auf mögliche Wege zu Lösungen auf diese Frage. Bereits existierende Vorschläge von Schreibweisen für das brasilianische Hunsrückisch werden unter den erstellten Kriterien auf ihre Anwendbarkeit und Funktionalität getestet und analysiert.

A Comparison of Relators in Papiamentu and Papiá Kristang

Picture

 

 

A Comparison of Relators in Papiamentu and Papiá Kristang
Marco Aurelio Schaumloeffel

Presentation at the SPCL + ACBLPE 2015 Conference
Graz, Austria 7th-9th July 2015
Conference Program
Conference Booklet with Abstracts
Conference website
References

Abstract

A Comparison of Relators in Papiamentu and Papiá Kristang

Papiá Kristang is a Portuguese-based creole mainly spoken in Malacca, Malaysia, whereas Papiamentu is a creole mainly spoken in the Caribbean islands of Aruba, Bonaire and Curaçao (ABC Islands). The origin of Papiamentu still is controversial, since some scholars claim that it has genetic linguistic ties with Spanish, while others have sound evidence of its Portuguese origin, especially due to its links with West African Portuguese-based creoles (cf. Jacobs, Origins of a Creole, 2012, amongst others). The comparative study of the features of Papiamentu with Papiá Kristang still is a widely unexplored field. It is uncontroversial that Papiá Kristang is an Asian Portuguese-based creole with virtually no influences from Spanish or Spanish creoles. Therefore, if there are any similarities between Papiamentu and Papiá Kristang, those can certainly not be attributed to a Spanish common base in both creoles, but rather to another common base that they share, i.e., the Portuguese language. The main aim of this presentation is to compare and analyse relators in Papiamentu and Papiá Kristang. Relators are function words and as such pertain to the closed class words, which are much less likely to be replaced in borrowability or relexification situations if compared to content words, classified as open class words. The identification of the origin of relators can serve as indication towards linguistic genetic ties that might exist between creoles and the languages that were the base for their formation. The analysed relators will also be contrasted with the same features found in some other Portuguese and Spanish-based creoles in order to establish grammatical similarities and differences, and in doing so to investigate the origins of Papiamentu and the presence of Portuguese and Portuguese creole features in this creole language that today is recognized by the Dutch government in Bonaire and has official status as native language in Aruba and Curaçao.


Source: Marco

The multifunctionality of Papiamentu pa and its similarities with Brazilian Vernacular Portuguese

The multifunctionality of Papiamentu pa and its similarities with Brazilian Vernacular Portuguese

Marco Aurelio Schaumloeffel
Presentation at the ACBLPE (Association of Portuguese and Spanish-Lexified Creoles) Annual Meeting. Stockholms Universitet. Stockholm, Sweden. June 13-15, 2017
Conference programme
Conference website
Abstracts (pages 24-25)
References

Abstract

The multifunctionality of Papiamentu pa and its similarities with Brazilian Vernacular Portuguese

The Papiamentu (PA) lexical item pa can cover several functions, operating as preposition, mood marker and complementizer. Its functions actually clearly exceed those of its equivalent Portuguese lexical item para, not only covering the semantic load of para, but also that of por and a. An equivalent multifunctionality for this lexical item can also be found in other Portuguese-based creole languages like the Upper Guinea Portuguese Creoles (cf. Jacobs, Origins of a Creole) and the Asian Portuguese creole Papiá Kristang. When analysing the PA lexical item pa, Lefebvre and Therrien (On the properties of Papiamentu pa: Synchronic and diachronic perspectives, 2007) establish that it can perform fifteen different functions. Out of those, they only find five that have an equivalent realisation in current standard Portuguese. Lefebvre and Therrien believe that PA pa is derived from Portuguese para, and that its other properties would be derived from corresponding lexical entries in the PA substrate languages, more specifically from the properties of the Fongbe preposition and complementizer , and the mood marker and complementizer . However, when Brazilian Portuguese, and especially Brazilian Vernacular Portuguese (BVP) is considered, the degree of equivalence with the PA functions of pa changes dramatically. The aims of this presentation are to show the high degree of similarity that exists between PA and BVP when it comes to the functions of PA pa, and to make considerations as to why this sharp discrepancy exists if compared to the results found by Lefebvre and Therrien for current standard PT. Apart from that, the secondary aim is to ponder why this multifunctionality and equivalence in some functions can also be found in Papiá Kristang, a Portuguese-based creole from another branch that is knowingly not directly related to PA or to the West African Portuguese-based creoles.

 

Translating the Presence of Portuguese in a Caribbean Creole

Translating the Presence of Portuguese in a Caribbean Creole. Why are there similarities between an Asian Portuguese Creole and Papiamentu?

Marco APicture. Schaumloeffel

Presentation at the Translating Creolization Symposium – May 27-29, 2015. The University of the West Indies, Cave Hill Campus, Barbados

Website of the event: www.cavehill.uwi.edu/fhe/lll/tcs

 

Abstract
Papiamentu (PA) is a creole spoken as main language by the majority of the population in Aruba, Bonaire and Curaçao, and is official language in the first and in the latter. The origin of PA is controversial; a group of scholars attributes it to Spanish, due to its current lexical and phonetic similarities with Spanish, whereas another group sees linguistic genetic ties with Portuguese.

The aim of this presentation is to investigate the historical and linguistic links that might connect PA to Portuguese. Whereas historical links set the stage for eventual ties, possible grammatical commonalities in the very fabric that makes up the structure of PA may be strong indications of a genetic connection to its ancestor. Recent historical and linguistic evidence suggests that PA owes its origins to the West African Portuguese creoles. To further strengthen this evidence, this presentation will analyse key grammar elements such as function words, relators, verbal system and Time-Modality-Aspect markers, which are core elements and very strong indications of genetic ties, given their very low borrowability in contexts of relexification and formation of creoles. The analysis is done by means of comparing these PA core elements with those found in Papiá Kristang (PK), an Asian Portuguese Creole spoken mainly by only a few hundred persons in Malacca, Malaysia. It is consensus that PK is undoubtedly linguistically unrelated to Spanish. If there are similarities between PA and PK, then these can therefore not be attributed to Spanish. Although PK is used as tool of comparison, parallels with Spanish, Portuguese and other Spanish and Portuguese-based creoles will be made to establish a more comprehensive picture of possible linguistic ties between PA and Portuguese.

The evidence suggests that PA cannot be comprehensively analysed and understood if vital historical and linguistic links of this Caribbean creole to the Portuguese language are ignored.

Afro-Brazilian Diaspora in West Africa: The Tabom in Ghana

Chapter in Book

Afro-Brazilian Diaspora in West Africa: The Tabom in Ghana
Marco AureliPictureo Schaumloeffel

Book – Another Black Like Me: The Construction of Identities and Solidarity in the African Diaspora. Edited by Elaine Pereira Rocha and Nielson Rosa Bezerra
ISBN-13: 978-1-4438-7178-5
01 Feb 2015
Pages: 185-199

 

Book Description
This book brings together authors from different institutions and perspectives and from researchers specialising in different aspects of the experiences of the African Diaspora from Latin America. It creates an overview of the complexities of the lives of Black people over various periods of history, as they struggled to build lives away from Africa in societies that, in general, denied them the basic right of fully belonging, such as the right of fully belonging in the countries where, by choice or force of circumstance, they lived. Another Black Like Me thus presents a few notable scenes from the long history of Blacks in Latin America: as runaway slaves seen through the official documentation denouncing as illegal those who resisted captivity; through the memoirs of a slave who still dreamt of his homeland; reflections on the status of Black women; demands for citizenship and kinship by Black immigrants; the fantasies of Blacks in the United States about the lives of Blacks in Brazil; a case study of some of those who returned to Africa and had to build a new identity based on their experiences as slaves; and the abstract representations of race and color in the Caribbean. All of these provide the reader with a glimpse of complex phenomena that, though they cannot be generalized in a single definition of blackness in Latin America, share the common element of living in societies where the definition of blackness was flexible, there were no laws of racial segregation, and where the culture on one hand tolerates miscegenation, and on the other denies full recognition of rights to Blacks.

Sample and contents
– Website: http://www.cambridgescholars.com/another-black-like-me

Por que dizer “sich aposentieren” no Hunsrückisch brasileiro está correto?

Picture

Artigo publicado

Por que dizer “sich aposentieren” no Hunsrückisch brasileiro está correto?

Revista Projekt, número 52, Dezembro de 2014 – ISSN 1517-9281

Artigo em pdf

Revista completa

Por que dizer “sich aposentieren” no Hunsrückisch brasileiro está correto?

Marco Aurelio Schaumloeffel, University of the West Indies, Barbados

Introdução

Você acharia graça se alguém usasse a palavra Fenster em Hochdeutsch (alemão-padrão) ou a palavra armazém em português? Provavelmente não, por considerá-las palavras que fazem parte do léxico, do vocabulário “normal” destas línguas. Contudo muitos acham graça e até mesmo consideram erro crasso alguém usar palavras provenientes do português nas variantes dos dialetos Hunsrückisch[1] falados no Brasil. Taxam o Hunsrückisch de “alemão-de-capoeira”, “língua de colono pobre e coitado”, “coisa de ignorante”, “língua de gente que não sabe falar direito”, “alemão errado”, para me restringir a apenas alguns dos termos que já ouvi pessoalmente.

O objetivo deste curto artigo é esclarecer, desmistificar e explicar de forma simples os motivos pelos quais palavras do português são emprestadas, incorporadas e usadas na língua que muitos falam como sua língua materna, especialmente no sul do Brasil.

O Empréstimo Linguístico

As afirmações acima sobre o Hunsrückisch brasileiro não passam de preconceito linguístico, devido ao status social a ele conferido ao longo dos anos. O preconceito linguístico é “mais precisamente o julgamento depreciativo, desrespeitoso, jocoso e, consequentemente, humilhante da fala do outro (embora preconceito sobre a própria fala também exista)” (Scherre 2008, p.12). Estas afirmações acerca do Hunsrückisch brasileiro não possuem, contudo, nenhuma base lógica ou correta do ponto de vista científico dos estudos em Linguística. Cabe aos estudiosos das línguas a análise e a contextualização de fenômenos que ocorrem dentro dos mais diversos aspectos da gramática e do vocabulário. Para que entendamos melhor o fenômeno do uso de palavras do português no Hunsrückisch brasileiro, gostaria de brevemente mencionar a origem das duas palavras mencionadas acima como desencadeadoras dessa reflexão: Fenster e armazém, presentes no alemão e no português atuais, respectivamente.

Essas palavras são aparentemente triviais e fazem parte inquestionável de sua respectiva língua, mas, historicamente, elas também são fruto de empréstimos linguísticos[2]. Em termos simples e sem entrar em nuances e detalhes de como ocorre esse fenômeno, um empréstimo linguístico é a transferência, o empréstimo de um termo de uma língua para outra. Há vários motivos pelos quais empréstimos linguísticos são feitos, mas de forma generalizada podemos afirmar que eles ocorrem principalmente porque um determinado termo não existia no momento de sua incorporação na nova língua ou porque o novo vocábulo viria substituir um termo anterior, o qual talvez tenha caído em desuso ou que, p. ex., possa ter perdido seu status de uso no dia-a-dia. Há, ainda, casos de empréstimos que são incorporados com a finalidade de desambiguação.  No português atual, p.ex., a palavra inglesa off parece ter um status maior, ao menos nos shoppings, do que a palavra desconto, embora muitos talvez nem saibam exatamente o que off signifique.

Voltemos, contudo, aos exemplos mencionados acima. A palavra alemã Fenster deve sua origem ao latim; após algumas transformações linguísticas bastante comuns (alterações fonéticas e morfológicas), o termo latino fenestra (janela) transformou-se em Fenster. No português temos a palavra defenestrar (jogar/jogar-se pela janela), proveniente da mesma fenestra latina.

Já a palavra armazém no português é de origem árabe: al-makhzan, um lugar para guardar mercadorias, depósito; é daí que também surge a palavra portuguesa magazine[3].

Qual o objetivo de usar essas duas palavras? Elas servem para ilustrar como as línguas recorrem a termos de outras línguas e os incorporam, a ponto de nem serem mais identificadas como provenientes de outro idioma. Esse é um recurso muito normal, difícil de ser percebido em palavras mais antigas como armazém e bem mais fácil de ser identificado em palavras como sanduíche (obviamente proveniente do inglês sandwich). Algumas vezes, até mesmo alteramos o sentido de palavras quando empréstimos linguísticos são feitos: lunch (que em inglês significa “almoço”) vira lanche, que em português significa uma “refeição rápida ou pequena”.

Esse tipo de incorporação, porém, não permite que nós afirmemos que o português deixou de ser português porque agora usa as palavras armazém e lanche, ao invés de outras equivalentes que talvez já tenham caído em desuso ou quem sabe nunca tenham existido. Se assim fosse, seríamos privados de milhares de palavras; talvez só um punhado de palavras “genuínas”, o que quer que isto signifique, ficariam a nossa disposição.

O Caso do Hunsrückisch Brasileiro

O mesmo fenômeno ocorre com o Hunsrückisch brasileiro. Os alemães que imigraram para o Brasil nem sempre sabiam falar o alemão-padrão; em muitas áreas do novo mundo, o Hunsrückisch se estabeleceu como língua-padrão, por ter sido a língua da maioria (cf. Altenhofen 1996, Damke 1997 e Pupp Spinassé 2008). Ele funcionava como uma espécie de língua-franca, pois a origem de muitos imigrantes nem sequer era a região do Hunsrück, mas sim outras partes da área onde hoje estão situadas a Alemanha, a Áustria, a Suíça e até mesmo partes da França e da Polônia atuais, onde se falava alemão. Grande parte dessa imigração ocorreu de 1824 até o final daquele século. As comunidades se formavam e muitas vezes ficam isoladas, sem contato algum com a área de língua alemã dos antepassados, e algumas vezes até mesmo de certa forma isoladas em relação a outras áreas do próprio Brasil, onde se falava português, italiano e outras línguas.

As línguas são extremamente dinâmicas, apesar de muitas vezes nem nos darmos conta de que elas funcionam assim. Como exemplo anedótico, pensemos em uma pessoa dos anos de 1950, que tenha sido guardada em uma caixa naquela época e que só tenha sido libertada recentemente para ver o mundo dos nossos dias. Será que ela saberia do que estamos falando se citássemos termos como celular, computador, impressora, fibra ótica, crédito pré-pago, DVD, curtir e postar na rede social, entre outras centenas de verbetes e expressões? Certamente não, essa pessoa se sentiria completamente perdida, como se estivéssemos falando em outra língua ou “com códigos secretos”.

Algo parecido se deu com o Hunsrückisch brasileiro. Ele passou a existir de forma relativamente isolada em relação às variedades faladas na região do Hunsrück na Alemanha. Em compensação, porém, ele passou a conviver com as variantes do português brasileiro e, em algumas circunstâncias, também em contato com outras línguas europeias faladas no Brasil. Essa situação de contato é condição necessária para que haja um ambiente propício para a ocorrência de empréstimos linguísticos. Se nós já fazemos empréstimos de línguas com as quais sequer estamos em contato direto, então imaginemos a situação do Hunsrückisch no Brasil.

Além do desenvolvimento independente da língua de origem, com o passar do tempo, novas invenções surgiram e, com ela, a necessidade de criar ou emprestar centenas de palavras. Como “batizar” a televisão em Hunsrückisch brasileiro, se o termo do alemão-padrão não é conhecido e não está à disposição? Inevitavelmente a solução é recorrer à língua com a qual se está em contato, daí surge a solução e o nome do objeto, já adaptado à fonética do Hunsrückisch brasileiro: televisón. A outra solução é recorrer à criatividade e usar termos disponíveis na própria língua para criar a nova palavra: Bildakaschte (junção dos termos alemães “Bilder” e “Kasten”, significando em tradução direta para o português “caixa de imagens”), palavra que ocorre em algumas regiões e é uma variante de televisón. Nada de errado e nem de absurdo nisto, apenas um fenômeno linguístico passível de ocorrer em línguas vivas. Ou de onde os alemães teriam tirado a palavra Fernsehen (fern – longe, sehen – ver)? Ela é formada exatamente como televisão (do grego tele – longe, em junção com o latim visione – visão).

Em suma, quando um falante de Hunsrückisch brasileiro diz que o seu avô hot sich endlich aposentiert[4] (“finalmente se aposentou), ele não comete nenhum erro, nenhum atentado absurdo à língua, nem demonstra que é pouco inteligente. Ao contrário, mostra como a língua é dinâmica, como ela pode se adaptar às necessidades e aos fatos do dia-a-dia. Ele demonstra, na verdade, que sua língua funciona perfeitamente como instrumento de comunicação, com regras gramaticais e fonéticas definidas, exatamente como qualquer outra língua. Inclusive, sequer foge à regra de ter exceções gramaticais. Com a expressão usada, esse falante exprime exatamente o que tem de ser dito para que a comunidade de falantes entenda o que pretende dizer. Ao contrário, se fosse arrogante e quisesse mostrar o quão é “versado”, dificilmente seria entendido pelos falantes do Hunsrückisch ao recorrer à expressão usada atualmente na Alemanha para dizer a mesma coisa: er ist in Rente gegangen ou er ist in den Ruhestand gegangen.

Conclusão

O preconceito em relação a este fantástico e completo sistema de comunicação que é o Hunsrückisch brasileiro, um verdadeiro tesouro que carrega dentro de si a cultura e a história de um povo, infelizmente ainda persiste. A falta de conhecimento em relação ao Hunsrückisch gera desconsideração. Uma pena que ainda haja alguns professores, inclusive de alemão, que ignorantemente desprezam o Hunsrückisch, procurando uma superioridade fantasiosa calcada em sua própria arrogância e ignorância acerca do funcionamento linguístico e orgânico de um sistema completo de comunicação oral, como é o caso do Hunsrückisch brasileiro.

O objetivo deste curto artigo foi demonstrar o quão importante é a reflexão e a compreensão adequada de fenômenos como o bilinguismo entre os descendentes de alemães, italianos, japoneses e de outras etnias, inclusive as indígenas, no Brasil. Não há justificativa científica para procurar eliminar o bilinguismo entre os falantes no Brasil, não há justificativa lógica nem prática para tal. Ser bilíngue é uma vantagem no mercado de trabalho no mundo todo, mas em nosso caso também é uma questão de não ignorar, apagar ou menosprezar a própria história. Somos o que somos, somos quem podemos ser.

 

Referências

ALTENHOFEN, Cléo Vilson. Hunsrückisch in Rio Grande do Sul. Ein Beitrag zur Beschreibung einer deutschbrasilianischen Dialektvarietät im Kontakt mit dem Portugiesischen. Stuttgart: Steiner, 1996.

BARANOW, Ulf Gregor. Studien zum deutsch-portugiesischen Sprachkontakt in Brasilien. Tese de Doutorado. München: Ludwig-Maximilians-Universität, 1973.

DAMKE, Ciro. Sprachgebrauch und Sprachkontakt in der deutschen Sprachinsel in Südbrasilien. Frankfurt am Main: Peter Lang, 1997.

PUPP SPINASSÉ, Karen. Os imigrantes alemães e seus descendentes no Brasil: a língua como fator identitário e inclusivo. Conexão Letras. Porto Alegre: PPG-Letras, UFRGS, 2008, vol. 3, n. 3, p. 125-140.

SCHAUMLOEFFEL, Marco Aurelio. Interferência do Português em um Dialeto Alemão Falado no Sul do Brasil. Bridgetown: Lulu, 2007.

SCHERRE, Maria M. P. Entrevista sobre Preconceito Linguístico, variação e ensino concedida a Jussara Abraçado. Caderno de Letras da UFF – Dossiê: Preconceito linguístico e cânone literário, n. 36, p. 11-26, 1. Sem., 2008.

WEINREICH, Uriel. Sprachen in Kontakt. München: Beck, 1976.

NOTAS

[1] Optou-se pelo termo Hunsrückisch brasileiro neste artigo para deixar claro que o autor se refere às variedades dele faladas no Brasil. Geralmente se diz que as variantes do alemão do Brasil são, predominantemente, originárias do Hunsrück. É importante, porém, frisar que não existe apenas uma variante naquela região (e nem no Brasil) que possa ser denominada assim. Há diversas variedades, embora com grande parte dos seus sistemas em comum. Desse modo, pode-se falar na Alemanha, por exemplo, de variedades como o Moselfränkisch e o Rheinfränkisch; este último, por sua vez, engloba variedades de Hessisch e Pfälzisch (Schaumloeffel 2007, p. 32-33). Para obter mais detalhes sobre o Hunsrückisch, recomendamos os estudos de Altenhofen (1996), Baranow (1973) e Damke (1997).

[2] Há muitos estudos sobre o fenômeno dos empréstimos linguísticos. Para maiores detalhes consulte p. ex. Weinreich (1976).

[3] Dicionários etimológicos são instrumentais para o estabelecimento da origem dos empréstimos linguísticos. Como os dois exemplos aqui citados são relativamente bem conhecidos, nenhum dicionário etimológico foi consultado. Porém, até mesmo uma consulta rápida on-line permite confirmar a sua origem. Para armazém veja http://www.dicionarioetimologico.com.br/ e para Fenster consulte http://www.duden.de/.

[4] Assim como muitas palavras, o verbo “sich aposentieren” (aposentar-se) apresenta diferentes variantes nas mais diversas regiões. Ele p. ex. também pode ser realizado como “sich aposehtere”, “sich aposentehren”, “sich aposentiere”. O sistema de aposentadoria só passou a existir em 1889 na Alemanha, portanto, provavelmente não beneficiava nem era conhecido pelos imigrantes alemães do Hunsrück no momento em que a maioria deles imigrou para o Brasil. O autor deste artigo é falante nativo da variedade Hunsrückisch falada em Boa Vista do Herval, localidade do município de Santa Maria do Herval – RS, e os exemplos citados aqui constam no corpus por ele coletado com mais de 13 horas de gravações feitas com 36 entrevistados selecionados de acordo com critérios sociolinguísticos (Schaumloeffel  2007).

What do Aruba, Bonaire and Curaçao have in common with Malacca? The historical and linguistic links between Papiamentu and Papiá Kristang.

Picture

What do Aruba, Bonaire and Curaçao have in common with Malacca? Historical and linguistic links between Papiamentu and Papiá Kristang.
Marco Aurelio Schaumloeffel

Handout
Handout SCL 2014 – Marco Schaumloeffel
Prezi Presentation

Abstract
Abstracts SCL 2014 (p. 56)

References
References used to prepare presentation

What do Aruba, Bonaire and Curaçao have in common with Malacca? Historical and linguistic links between Papiamentu and Papiá Kristang.

The discussion on the origin of Papiamentu (PA) still is controversial, since it is classified by some scholars as a Spanish Creole and by others as a Portuguese Creole. However, recent historical and linguistic evidence trace back its origins to West African Portuguese creoles (Jacobs 2012, among others). This leaves little space to speculate if PA owes its origins to a variety or varieties of Spanish, but there still are many scholars who claim that PA is supposedly of Spanish origin.
The aim of this paper is to provide further evidence in favour of the Portuguese origin of PA by doing a unique investigation on the historical and linguistic links existing between PA and Papiá Kristang (PK). Historical links set the context, but linguistic data is naturally the most reliable evidence of possible genetic ties between creoles. At the first instance, it seems strange to compare a Portuguese creole  developed in Southeast Asia with another creole spoken in former Dutch colonies in the Caribbean, since they apparently are worlds apart.
Nevertheless, PK can ideally be used in this context, since it is a well-known and studied Portuguese creole that has virtually no Spanish influence. And if there is virtually no Spanish influence in PK, then the comparison between PA and PK may be an ideal tool to establish if PA really carries Portuguese features. Only a careful analysis can reveal if grammatical similarities are present in the structural fabric of both creoles.
The linguistic features that PA shares with PK will be analysed and compared in this paper through four relevant aspects of grammatical categories: Formation and use of TMA markers (Tense, Mood, Aspect), the multifunctionality of the lexical item ‘ku’, word reduplication and its grammatical functions, and analysis of two auxiliary verbs.
The evidence indicates that the origins of PA cannot be comprehensively analysed and understood if vital historical and linguistic links to the Portuguese language are ignored. These ties were formed via West Africa and the Portuguese creoles spoken there, and possibly also influenced by the immigration of Sephardic Jews and their servants from Dutch Brazil to Curaçao. Despite not being genetically linked to West African Portuguese creoles, but because it is a Portuguese creole undoubtedly unrelated to Spanish, PK acts as an ideal tool of comparison in this case. As result, this paper definitively refutes any hypothesis that excludes the fundamental role of Portuguese and Portuguese creoles in the formation of PA.

Tabom. A Comunidade Afro-Brasileira do Gana

Book

Tabom. A Comunidade Afro-Brasileira do Gana
Marco Aurelio Schaumloeffel

Lançado em 2014 pela Geração Editorial – ISBN 9781847990136

Saiba mais aqui: http://is.gd/Ip9dSQ
Compre aqui: http://is.gd/UYw2h6 ou

http://www.livrariasaraiva.com.br/produto/7440685

Impresso
Tabom. A Comunidade Afro-Brasileira do Gana

TabomO primeiro livro sobre a história dos tabons, a comunidade afro-brasileira do Gana. Eles voltaram à África Ocidental entre 1829 e 1836. “Este livro parece pequeno, mas possui muitas portas, como se fosse um casarão. Elas se abrem para várias e diferentes paisagens e nos deixam ver, primeiro, de fraque e cartola e, depois, envoltas em belo pano kente, as figuras humanas que as povoaram e cujas histórias os atuais tabons repetem de cor. Se, em suas páginas, aprendemos muito sobre o grupo tabom, graças ao cuidado e à inteligência com que Marco Aurelio Schaumloeffel soube ouvir e ler, elas nos pedem que saibamos mais.” (Alberto da Costa e Silva).
ISBN 1448645158 EAN 9781448645152

O livro impresso pode ser encontrado aqui: Tabom. A Comunidade Afro-Brasileira do Gana

Tabom – A Comunidade Afro-Brasileira do Gana

Picture

Meu livro sobre os tabons finalmente ganha uma edição brasileira, lançada como e-book pela Geração Editorial.
ISBN:9781847990136
Lançamento: abril de 2014

****

“Tabom”, de Marco Aurelio Schaumloeffel, é mais um lançamento de abril da Geração. O livro conta a história dos tabons, a comunidade afro-brasileira do Gana.

Saiba mais ~ http://is.gd/Ip9dSQ (Kindle/Amazon)
Compre aqui ~ http://is.gd/UYw2h6
Saraiva: http://www.livrariasaraiva.com.br/produto/7440685


Source: Marco

Participação na mesa-redonda "A diáspora africana e a construção do Brasil"

A diáspora africana e a construção do Brasil

PictureParticipação na mesa-redonda “A diáspora africana e a construção do Brasil”, com os professores Joel Rufino dos Santos (RJ) e Rafael Sanzio (DF). A mesa-redonda fez parte do Seminário “Narrativas Contemporâneas da História do Brasil”, da II Bienal Brasil do Livro e da Leitura. O evento ocorreu de 11 a 21 de abril de 2014, em Brasília, Brasil. Eu falei sobre a fascinante história dos Tabons e como eles formam uma diáspora afro-brasileira no Gana.
Website do evento: www.bienalbrasildolivro.com.br
Programação do dia 15.04.2014: programação


Picture

Ariano Suassuna foi o grande homenageado da Bienal. A homenagem foi linda e merecida. Este foi provavelmente o último evento literário do qual participou, infelizmente faleceu poucas semanas depois.

 

Links:
1) Guia UOL
2) Acha Brasília
3) Globo.com

Os Judeus do Papa – The Pope’s Jews

Translation

Os Judeus do Papa

Picture

Tradução do livro “The Pope’s Jews”, de Gordon Thomas, do inglês para o português. Detalhes podem ser encontrados aqui:

http://geracaoeditorial.com.br/blog/os-judeus-do-papa/

 

 

 

Folha de São Paulo:
http://www1.folha.uol.com.br/livrariadafolha/2014/02/1408416-autor-de-os-judeus-do-papa-debate-a-responsabilidade-de-pio-12-na-2-guerra.shtml

Os judeus do papa 
Autor: Gordon Thomas
Tradução: Marco Aurelio  Schaumloeffel
Gênero: Literatura estrangeira – História
Págs: 392
ISBN: 9788581301273   E-book ISBN: 9788581301280
Selo: Geração

Sinopse

A II Guerra Mundial eclodiu na Europa. O exército nazista avan­ça pelo continente anexando e massacrando, deixando o rastro de sangue que marcou o século XX. No Vaticano, o papa Pio XII observa os horrores dos combates e tem que definir a posi­ção da Igreja perante o mundo. Mas ele não declara repúdio a Hitler nem se coloca ao lado dos Aliados — simplesmente silencia e a História lhe confere o título de papa omisso.

Por trás do silêncio havia um segredo agora revelado por documentos ofi­ciais secretos. Pio XII organizou uma ampla rede de ajuda humanitária para os judeus de toda a Europa. Sob orientação dele, padres e freiras arriscaram a vida fornecendo abrigo nos mosteiros e conventos a milhares de judeus. Pio XII doou ouro do próprio Vaticano para ajudar os judeus romanos e es­condeu milhares deles em sua residência de verão, enquanto Roma era ocupa­da e bombardeada pelos alemães.

Os judeus do papa é um dos melhores livros históricos já escritos. Baseado em uma rica pesquisa documental, é uma obra indispensável aos leitores que querem entender o que realmente aconteceu em Roma sob a liderança do injustiçado papa Pio XII.

Sobre o autor

Gordon Thomas é escritor e jorna­lista investigativo. Já publicou mais de 50 li­vros na Europa, ultrapassando a marca de 45 milhões de cópias, o que lhe rendeu prêmios importantes e o reconhecimento como um dos escritores mais surpreendentes da atualidade.

Emilio Tezas Aufschlüsselung der Grammatik des Papiamentu

Chapter in Book – German

Emilio Tezas Aufschlüsselung der Grammatik des Papiamentu

SCHAUMLOEFFEL, Marco Aurelio. Emilio Tezas Aufschlüsselung der Grammatik des Papiamentu. In: Philipp Krämer (Org.). Ausgewählte Arbeiten der Kreolistik des 19. Jahrhunderts / Selected Works from 19th Century Creolistics. 1ed.Hamburg: Buske, 2014, Kreolische Biblithek Band v. 24, p. 31-38.

Leseprobe: hPicturettps://buske.de/reading/web/?isbn=9783875486780

Webseite des Verlags:
http://www.buske.de/product_info.php?products_id=3881

Philipp Krämer (Hg.)
Ausgewählte Arbeiten der Kreolistik des 19. Jahrhunderts / Selected Works from 19th Century Creolistics
Emilio Teza, Thomas Russell, Erik Pontoppidan, Adolpho Coelho
Kreolische Bibliothek, Band 24. 2014. 184 Seiten. 978-3-87548-678-0.

Die Disziplingeschichte der Kreolistik ist noch lange nicht vollständig aufgearbeitet. Gerade im 19. Jahrhundert entfaltete sich ein neues Interesse für Kreolsprachen.
Dieser Band zeigt die ganze Vielfalt der Vorläufer des Faches: Vier bisher weniger beachtete Texte aus verschiedenen Ländern von ganz unterschiedlichen Autoren mit ihren eigenen Schwerpunkten können im Original und in deutscher Übersetzung neu entdeckt werden. Neben den Editionen beleuchten zu jeder historischen Arbeit jeweils zwei Kommentare von ausgewiesenen Fachleuten die Facetten der Quellen. Vom epistemologischen Erbe der Disziplin zur biographischen Vorstellung der Autoren, von der historischen Grammatik zur philologischen Bedeutung der Oralliteratur reichen die Fragestellungen, welche die heutige Kreolistik anhand älterer Texte angehen kann.

INHALT 

Vorwort …………………………………………………………………………………………… VII

Einleitung: Vier Kreolisten – und was ihre Arbeiten für die Gegenwart
bedeuten (Philipp Krämer) …………………………………………………………………. IX

Il dialetto curassese (Emilio Teza) ……………………………………………………….. 1

Der Dialekt von Curaçao (Emilio Teza) ……………………………………………….. 11

Emilio Teza: A Curious Genius and Nomad of Philology
(Roberta Pasqua Mocerino / Markus Lenz) ………………………………………….. 23

Emilio Tezas Aufschlüsselung der Grammatik des Papiamentu
(Marco Aurelio Schaumloeffel) …………………………………………………………… 31

The Etymology of Jamaica Grammar (Thomas Russell) …………………………. 39

Thomas Russell’s Grammar of “A Stubborn and Expressive Corruption”
(Don E. Walicek) ………………………………………………………………………………. 55

Thomas Russell’s Contribution to Historical Jamaican Grammar
(Joseph T. Farquharson) ……………………………………………………………………. 67

Einige Notizen über die Kreolensprache der dänisch-westindischen Inseln
(Erik Pontoppidan) ……………………………………………………………………………. 79

Det dansk-vestindistke kreolsprog (Erik Pontoppidan) ………………………….. 89

Die dänisch-westindische Kreolsprache (Erik Pontoppidan) …………………… 99

Dr. med. Erik Pontoppidan und das Negerhollands (Peter Stein) …………….. 109

Die kreolische Oralliteratur: eine Kultur des Widerstandes?
(Magdalena von Sicard) ……………………………………………………………………… 123

Os dialectos romanicos ou neo-latinos na África, Ásia e América
(Adolpho Coelho) ………………………………………………………………………………. 143

Die romanischen oder neulateinischen Dialekte in Afrika, Asien und
Amerika (Adolpho Coelho) ………………………………………………………………… 149

Die letzten Geheimnisse Adolfo Coelhos? (Sílvio Moreira de Sousa) ………. 157

Neither raça nor povo. Adolpho Coelho’s Particular Universalism
(Philipp Krämer) ………………………………………………………………………………. 175


Source: Marco

What do Aruba, Bonaire and Curaçao have in common with Malacca? The historical and linguistic links between Papiamentu and Papiá Kristang

Picture

Presentation – References

What do Aruba, Bonaire and Curaçao have in common with Malacca?
The historical and linguistic links between Papiamentu and Papiá Kristang

 

IDV-Magazin Nr. 85

PictureHerausgeber/Schriftleiter

IDV-Magazin Nr. 85

IDT 2013 – DaFWEBKON – Deutsch weltweit: Bosnien-Herzegowina, Japan, Kroatien, Andenländer, Indien, Russland – DACHL-Seminar

http://www.idvnetz.org/publikationen/magazin/IDV-Magazin85.pdf

IDV aktuell 47

Picture

IDV aktuell 47

Nummer 47, Jahrgang 25, Mai 2013, Der Internationale Deutschlehrerverband

Schriftleiter/Herausgeber: Marco A. Schaumloeffel

www.idvnetz.org/publikationen/idv_aktuell/idv-aktuell47.pdf

Die Zusammenarbeit der Deutschlehrerverbände in Lateinamerika: Geschichte, Fortschritte und Perspektiven

Picture

Artikel:

SCHAUMLOEFFEL, Marco Aurelio. Die Zusammenarbeit der Deutschlehrerverbände in Lateinamerika: Geschichte, Fortschritte und Perspektiven. DaF-Brücke, Quito, v. 12, p. 5-7, 2012.

The Portuguese, West African and Brazilian Origins of Papiamentu

Picture

Abstract of presentation done at the 19th Biennial Conference of the Society for Caribbean Linguistics, Nassau, The Bahamas, 30 July – 3 August 2012

Source: http://www.scl-online.net/Conferences/Past/2012_abstracts.pdf  p. 58-9

SCHAUMLOEFFEL, Marco
The University of the West Indies, Cave Hill

The Portuguese, West African and Brazilian Origins of Papiamentu

The genesis of Papiamentu (PA) still is controversial and scholars explain it through different hypotheses. Amongst others, Maduro (1966) and Munteanu (1996) classify it as a Spanish creole, since the Spaniards were the first to colonise the ABC Islands, where PA is spoken today; Martinus (1996) and Jacobs (2009) defend the Afro-Portuguese roots of PA, which would be linked to the transatlantic slave trade, whereas Goodman (1987) claims that PA would trace back its origins to a Brazilian creole brought to the Caribbean by Sephardic Jews and their servants who immigrated from Dutch Brazil to Curaçao after the recapture of Pernambuco by the Portuguese.
Differently from previous studies, the aim of this paper is to show that both the Afro-Portuguese and the Brazilian
hypothesis are complementary and necessarily must be considered when investigating the origins of PA, namely the role of the Portuguese language in Africa and the Americas during the transatlantic slave trade, the historical links between the ABC Islands and West Africa, and between Curaçao and Brazil. After a century of unsystematic rule, the Spaniards abandoned the ABC Islands and declared them islas inútiles or useless islands. In 1634, the Dutch occupied Curaçao and expelled almost all Amerindians to Venezuela. Even if the handful remaining Caiquetíos would have spoken Spanish or a Spanish creole after the Spanish absence, this fact hardly could have been decisive in the formation of PA, given the high influx of people from West Africa and Dutch Brazil.
History alone obviously cannot be used as the only evidence to support the claim that PA can trace back its origins to Portuguese and the Portuguese Creoles spoken in Europe, West Africa and Brazil, but it certainly is a component that plays a vital role to understand its origins. In this context the historic links between West Africa, Brazil and the ABC Islands will be examined. Linguistic data is naturally the most reliable evidence.
The linguistic features that PA shares with Portuguese and creoles of Portuguese basis will be thoroughly analysed in a future paper. Shared linguistic features between Fá d’Ambô (Annobonese) and PA and Brazilian Vernacular Portuguese and PA will be the object of the study. Therefore, the historical component here investigated should only be considered the first pillar of a more extensive and complete study. Both components combined, however, certainly provide a broader and more comprehensive scenario as to why it may be possible to trace back the origins of Papiamentu to Portuguese and Creoles of Portuguese origin.
The evidence shows that the history of the formation of PA cannot be comprehensively analysed and understood if vital historical links to the Portuguese language, to West Africa and Portuguese Creoles spoken in Africa, and to the immigration of Sephardic Jews and their servants from Dutch Brazil to Curaçao are ignored. As result, this paper definitively refutes any hypothesis that excludes the fundamental role of Portuguese and Portuguese creoles in the formation of PA.

Empréstimos Lingüísticos do Português nas Línguas Faladas no País dos Tabons

Printed Article – Portuguese

Português – artigo separado
Empréstimos Lingüísticos do Português nas Línguas Faladas no País dos Tabons
Empréstimos Lingüísticos do Português nas Línguas Faladas no País dos TabonsEste artigo de 29 páginas investiga os empréstimos de palavras e expressões do português em algumas das diversas línguas faladas no Gana. Este fenômeno foi causado pela presença portuguesa naquela área, iniciada em 1471, e pelo fenômeno dos retornados vindos da Bahia, lá chamados de “Tabom people”, ocorrida no início do Século XIX. Disponível nos formatos impresso e arquivo eletrônico. 29.09.2011

Eine exklusive Liebe – Um amor exclusivo

Translation

Picture

Tradução do livro “Eine exklusive Liebe”, de Johanna Adorján, do alemão para o português. Alguns detalhes do trabalho podem ser encontrados aqui:

 

 

 

http://thebarbadosblog.blogspot.com.br/2009/09/um-amor-exclusivo-eine-exklusive-liebe.html
– para comprar: http://www.livrariacultura.com.br/scripts/resenha/resenha.asp?nitem=22467398&sid=66249769915324403716007160
– um dos comentários de blogs: http://livros.blog.com/um-amor-exclusivo/
– blog da editora: http://bloggeracaoeditorial.com/2011/04/04/amor-exclusivo-um-romance-emocionante/

IDV-Magazin Nr. 84

Herausgeber/Schriftleiter

IDV-Magazin Nr. 84

4. Band – Beirtäge der IDT 2009

http://www.idvnetz.org/publikationen/magazin/IDV-Magazin84.pdf

Präsentation "Konkrete Beispiele in der Verbandsarbeit"

Picture

Datei:
Präsentation Konkrete Beispiele in der Verbandsarbeit – Exemplos concretos de trabalho nas associações”, Belo Horizonte, Brasil, Aug. 2010 (pdf-Datei)

Discriminação na Kartoffelfest

Picture

Foto de divulgação da Kartoffelfest, publicada no site da prefeitura: www.santamariadoherval.rs.gov.br/kartoffelfest/‎

Discriminação na Kartoffelfest

20.05.2010Picture. É sempre com grande alegria que visito minha terra natal. É uma ótima oportunidade para celebrar, ver a família e os grandes amigos que ficaram para trás. Sinto orgulho do lugar onde passei minha infância, o Speckhof, também conhecido como Boa Vista do Herval. No último dia 16 de maio mais uma vez voltei de férias para lá e obviamente fui participar da grande e já tradicional Kartoffelfest, a Festa da Batata. O Herval, assim como várias outras comunidades de origem alemã, italiana ou japonesa do interior do Rio Grande do Sul, é fascinante e único. Lá há o que chamamos de bilingüismo, ou seja, as pessoas falam, ao mesmo tempo, a língua dos seus antepassados e o Português, a nossa língua nacional. As línguas não são só formas de comunicação, elas são muito mais; elas carregam consigo toda uma história e a cultura das pessoas que as falam. Se uma língua deixa de ser falada, é como se a cultura que ela carrega consigo fosse dizimada. Há coisas, p.ex., que sabemos expressar tão bem no dialeto do Hunsrück falado no Herval e que não podem ser ditas com a mesma precisão em Português. O mesmo acontece com qualquer língua: cada uma possui características que são só suas.

Por muito tempo, especialmente depois da política discriminatória iniciada por Getúlio Vargas, absurdamente proibindo o uso, p.ex., da Bíblia ou de hinários de igreja em alemão, os dialetos e outras línguas faladas no Brasil foram proibidos, teoricamente não podiam ser falados, oficialmente não podiam ser ensinados nas escolas. Isto representou uma “involução”, uma espécie de apologia à “mono-cultura”.

E por muito tempo as coisas não foram diferentes no Herval: falar Alemão ou Português com sotaque era visto como coisa de “colonos”, considerados pessoas ignorantes, ou seja, havia uma inversão absurda de valores. Só falar Português era visto como correto, falar outras línguas era coisa de gente mal instruída. Mal sabem os que riam das pessoas bilíngües que há muito mais lá fora e que saber falar duas, três, quatro línguas é uma excelente vantagem no mundo competitivo de hoje. Um dos pontos altos deste absurdo intelectual foi a tentativa de um ex-prefeito do Herval de querer proibir os alunos de falarem o Alemão, a língua-mãe deles, nos intervalos das aulas (conforme reportagem da ZH de 26.06.1989). O artigo dizia que o ex-prefeito pretendia “coibir” o uso de Hunsrück nas escolas, dando orientação para que os alunos fossem ameaçados com castigos, caso não cumprissem com a determinação. Aquilo nada mais representava que a tentativa de anular a cultura de um povo. Para minha surpresa, mesmo no ano de 2010, deparo-me com mais um episódio lamentável, como o citado acima, na Kartoffelfest. Segundo relatos de pessoas presentes à festa, um dos jovens integrantes do POE (Policiamento de Operações Especiais), com armas pesadas em punho, resolveu chamar a atenção de um casal de idosos que conversava alegremente em Alemão, pedindo para que estes “falassem direito”, tudo isto em uma festa que carrega em seu próprio nome a celebração cultural de uma comunidade. Aparentemente o episódio exigiu, inclusive, a intervenção louvável do atual prefeito junto ao POE, solicitando que estes se ocupassem somente de sua tarefa, a segurança do local da festa. Sugiro ao comandante do POE que instrua seus comandados, pedindo para que estes deixem a arrogância e a aparente falta de compreensão cultural de lado e, pelo menos, cumpram o que diz nossa lei máxima no país, a Constituição Federal, a fim de não discriminarem cidadãos de bem. Isto está previsto nos artigos 3º, Parágrafo IV e 5º, Parágrafo IX, que proíbem quaisquer tipos de discriminação e a livre expressão de comunicação, entre outros direitos.

Além do mais, há um agravante neste caso, pois subjacente está a discriminação intelectual ainda hoje imposta aos falantes de duas ou mais línguas em nossas terras. Nós, os hervalenses bilíngues, não temos culpa e não condenamos ninguém por falar uma só língua, mas exigimos respeito por nossa cultura e língua. Aliás, muitos daqueles que frequentemente criticam os “colonões” ou os “alemães-batata” – expressões que já ouvi muitas vezes da boca de alguns que pensam estar em um nível superior, pois se sentem parte “da cidade” e “civilizados” – lamentavelmente nem sequer conseguem falar corretamente a variedade padrão da única língua que sabem.

Só para citar dois exemplos, na Europa de hoje é quase impossível ser competitivo profissionalmente quando se fala uma só língua. Em Aruba, Bonaire e Curaçao, as Ilhas ABC do Caribe, quase todos os cidadãos sabem falar quatro línguas paralelamente: Holandês, Papiamentu, Inglês e Espanhol. E alguns entre nós ainda querem coibir o Alemão Hunsrück falado em nosso meio. Não são lamentáveis atitudes deste tipo?

Nós deveríamos ter orgulho da nossa cultura e das línguas faladas em nossas comunidades. Se esquecermos do passado, deixaremos de ser quem somos.

Os casos acima ilustram a velha história de querer rir de quem se dedica ao conhecimento e vive a multiculturalidade. O mundo já mostrou e continua a mostrar que a ignorância faz de nós, os eternos subjugados. Quanto mais tentarmos “apagar” nosso passado, seja ele de origem africana, europeia, indígena, árabe ou asiática, tanto mais eliminaremos aquilo que nos torna nós mesmos, aquilo que somos hoje. Quanto mais soubermos, melhor para nós e para o país. Quanto mais discriminarmos, mais nós mesmos nos afundaremos na ignorância. Simples assim.

 * Marco Aurelio Schaumloeffel é professor de Alemão, Português e Linguística. Atualmente leciona Português, Cultura Brasileira e Cinema Brasileiro em Inglês na University of the West Indies, em Barbados, no Caribe. Ele elaborou a sua dissertação de mestrado em Linguística pela UFPR sobre o dialeto Hunsrück falado em Boa Vista do Herval.


Source: Marco

History of the Tabom, the Afro-Brazilian community in Ghana

Picture

Chapter in Book

SCHAUMLOEFFEL, Marco Aurelio. History of the Tabom, the Afro-Brazilian community in Ghana. In: Kwesi Kwaa Prah. (Org.). Back to Africa. Afro-Brazilian Returnees and their communities. 1ed. Cape Town: The Centre for Advanced Studies of African Society (CASAS), 2009, v. 1, p. 159-172.

Möglichkeiten und Grenzen des Computereinsatzes in brasilianischen Schulen

Book – German
Möglichkeiten und Grenzen des Computereinsatzes in brasilianischen Schulen
Möglichkeiten Und Grenzen Des Computereinsatzes In Brasilianischen SchulenDieses Buch analysiert die Möglichkeiten und die Grenzen des Computereinsatzes in Schulen, spezifisch im Bereich Deutsch als Fremdsprache.
ISBN 1-44046031-0   EAN 978-1440460319
Publication Date: Mar 30 2009
Page Count: 76
Categories: Language Arts & Disciplines / Linguistic

Tabom. The Afro-Brazilian Community in Ghana

Book

Tabom. The Afro-Brazilian Community in Ghana
Marco Aurelio Schaumloeffel

Tabom. The Afro-Brazilian Community In GhanaThe first book on the History of the Tabom, the community of the Afro-Brazilian returnees in Ghana. They returned to Ghana from Bahia between 1829 – 1836. “This book seems to be small, but has many doors, as if it were a mansion. They lead to several and different sceneries and let us see, first, in tail-coat and top-hat, and later wrapped in a beautiful kenté cloth, the human beings who filled them and whose stories the Tabom of today repeat by heart. If in its pages we learnt a lot about the Tabom People, thanks to the accuracy and the intelligence with which Marco A. Schaumloeffel listened and read, they demand from us, that we learn more.” (Alberto da Costa e Silva).
ISBN 1440460655 EAN 978-1440460654

You can find the book here: Tabom. The Afro-Brazilian Community in Ghana

Interferenz des Portugiesischen im deutschen Dialekt von Boa Vista do Herval, Rio Grande do Sul

Picture

Artikel in den Tagungsakten des VI. Brasilianischen Deutschlehrerkongresses und des I. Lateinamerikanischen Deutschlehrerkongresses, São Paulo, Brasilien, 27.07.2006

“Deutsch in Südamerika: Neue Wege – Neue Perspektiven”

Inhaltsverzeichnis: http://www.abrapa.org.br/cd/beitrage.htm

Artikel
SCHAUMLOEFFEL, Marco Aurelio. Interferenz des Portugiesischen im deutschen Dialekt von Boa Vista do Herval, Rio Grande do Sul. In: I Congresso Latino-Americano de Professores de Alemão & VI Congresso Brasileiro de Professores de Alemão, 2006, São Paulo, Brasil. Tagungsakten des VI. Brasilianischen Deutschlehrerkongresses. São Paulo: Abrapa, 2006

http://www.schaumloeffel.net/textos/interferenz.pdf


Source: Marco

Empréstimos lingüísticos do português nas línguas faladas no País dos Tabons

Picture

Artigo publicado:

Schaumloeffel, Marco Aurelio. Empréstimos lingüísticos do português nas línguas faladas no País dos Tabons. Palavras (Lisboa), v. 34, p. 47-60, 2008.

Interferência do Português em um Dialeto Alemão Falado no Sul do Brasil

Book – Portuguese and Hunsrückisch

Português/Hunsrückisch
Interferência do Português em um Dialeto Alemão Falado no Sul do Brasil

Este livro descreve e analisa o estado atual do dialeto Hunsrück de Boa Vista do Herval (DBVH), uma pequena comunidade no RS, Brasil (20km de Gramado). Os dados apresentados baseiam-se em transcrições de quase 20 horas de gravações com 36 falantes, selecionados segundo critérios sociolingüísticos. O ponto central é a análise das interferências do português no DBVH, tanto no âmbito gramatical (gênero, verbos, formação de plural etc.) quanto no lexical-semântico (palavras de várias áreas: família, cozinha, profissões, tecnologia etc.).
ISBN: 978-1-4303-0725-9

Este livro pode ser encontrado aqui:

Interferência do Português em um Dialeto Alemão Falado no Sul do Brasil

O Dialeto Hunsrück de Boa Vista do Herval: materiais complementares (transcrições, tabelas, fotos etc.).

Interference of Portuguese in a German Dialect spoken in Southern Brazil – Hunsrückisch is spoken by the bilingual community of Boa Vista do Herval (BVH), situated in Southern State of Rio Grande do Sul and composed by descendants of Germans who immigrated to Brazil almost 180 years ago. The book draws the historic and sociolinguistic profile of BVH, describes some aspects of its Hunsrückisch, and studies the grammatical, lexical and semantic interferences of Portuguese.

The Ghana Blog

Picture


The Ghana Blog – setembro de 2003 a julho de 2005.

Blog com fotos e as experiências vividas no Gana nos dois anos em que moramos lá.


Source: Marco

A Massai Branca

Translation

A Massai Branca

PictureSaiu há alguns dias pela editora Ediouro/Geração o romance “A Massai Branca” (Die weiße Massai), que traduzi do alemão para o português. A experiência foi interessante, interessante também tentar entender a cabeça de quem publica, quase que eu teria de assumir em meu nome um título ridículo, algo como “Tão perto, tão longe”, para fazer jus ao gosto do brasileiro, acostumado com pouca leitura e muita novelas da Globo. Eu sempre achava curioso como que filmes com um título simples no original pudessem ser tão desvirtuados em português, algo que quase beira a comédia. Agora entendo como isto ocorre, pois aconteceu algo semelhante na hora da definição do título deste romance da suíça Corinne Hofmann. Ainda bem que o bom senso prevaleceu. Mesmo assim tiveram de tascar um subtítulo, não agüentaram (sinto muito, mas não posso assumir a responsabilidade…), o sentimentalismo do brasileiro teve de ser explorado, vejam que romântico: “A Massai Branca. Meu caso de amor com um guerreiro africano” (ISBN 9788560302024). Muito melhor, não? Soa mais “bonitinho”. Se alguém tiver interesse em ler e me dar um retorno mais tarde, eu muito agradeceria. Aqui as notas de tradução que escrevi para o romance:

Breves notas do tradutor
Vários termos usados nesta história baseada em fatos, típicos do ambiente onde ela se desenrola, parecem estranhos à primeira vista, tanto que não é possível encontrá-los em dicionários e enciclopédias de língua portuguesa. Todavia eles são automaticamente clarificados ao longo da narrativa através do contexto, como é o caso da própria palavra “massai” e de outras, tais como “moran” (guerreiro), “matatu” (perua, van, táxi coletivo) e “maniata”. No caso de “maniata”, por exemplo, haveria equivalentes em português, porém todos imprecisos para descrever este tipo de moradia massai singular, tanto que optei pela incorporação do termo original, assim como a própria autora já o fizera no alemão. “Massai” ainda não é um termo consagrado em português, mesmo em inglês, uma das línguas usada no Quênia, há variações: maasai ou masai. Em alemão e em português é necessário usar o “ss” para não alterar a pronúncia do termo. Mas também poder-se-ia cogitar o uso de “ç”, assim como já acontece em “Mombaça” (“Mombasa” em inglês). Como há uma localidade no Rio de Janeiro denominada “Maçai” e o nome de Maceió deve sua origem ao “maçai” do tupi (“maçayó” ou “maçai-ok”, “aquilo que tapa/cobre o alagadiço/o mangue”), preferi “massai”, a fim de fazer a diferenciação.
Também por fidelidade ao uso e estilo da autora, usei alternadamente “chá” e “chai”, sempre que foram usados, respectivamente, os termos “Tee” e “Chai” no original em alemão. O mesmo ocorre em alguns diálogos simples, importantes para a ambientação, usados em inglês no meio da narrativa em alemão. Inclusive há erros propositais neles, mostrando o parco conhecimento inicial do idioma, tanto por parte de Corinne quanto de Lketinga. Uma tradução destes fragmentos em inglês faria com que vários elementos extratextuais constantes na narrativa fossem perdidos. A alternância entre o uso de linguagem mais formal em alguns trechos do original e de linguagem informal em outros foi igualmente observada na tradução.
Por fim, é curioso observar que etimologicamente a palavra “Kral”, freqüentemente usada em alemão no original, também existente em inglês (“kraal”), adotada nestas línguas a partir africâner (“craal”), tenha a sua origem no português (“curral”). A presença lusa na África meridional possibilitou a incorporação do termo ao africâner. Diferentemente do português, “Kral” e “kraal” podem significar não só “curral”, mas também “vilarejo de nativos sul-africanos”. É exatamente isto que faz as línguas serem tesouros fascinantes. Boa leitura!

Barbados, Índias Ocidentais, agosto de 2006.
Marco Aurelio Schaumloeffel

Outras fontes:
http://www.geracaobooks.com.br/releases/massai_release.html
http://vergostarler.blogspot.com.br/2013/01/a-massai-branca-meu-caso-de-amor-com-um.html
http://thebarbadosblog.blogspot.com.br/2007/04/massai-branca.html

 

Atitudes ambientais em Barbados.

Artigo publicado:
SCHAUMLOEFFEL, Marco Aurelio. Atitudes ambientais em Barbados. Revista Qualitá Socioambiental, Curitiba- PR, p. 58, 01 set. 2006

Atitudes ambientais em Barbados

Marco Aurelio Schaumloeffel*

Em Barbados, nas Índias Ocidentais, uma pequena ilha do Caribe com cerca de 270.000 habitantes e 0,5 km² menor que a ilha de Santa Catarina, a preocupação com o meio-ambiente é intensa. Vários fatores concorrem para que a atitude do governo e da população seja em prol da preservação e melhoria do meio em que vivemos. Alguns deles também são verificáveis no Brasil, outros seriam de fácil implantação, enquanto que outros poucos exigiriam um esforço mais amplo e mudanças de longo prazo para que se efetivassem. Nas próximas linhas estão algumas amostras esparsas disto.

Causa boa impressão passear pelas ruas da capital Bridgetown e de outros distritos. Elas têm um aspecto bastante limpo, mesmo que algumas vezes seja possível ver copos descartáveis e outros tipos de embalagens, mas lixo espalhado na rua não é regra. Perto de lanchonetes que oferecem junk food, há maior incidência de junk people e maior chance de haver lixo depositado em lugares impróprios. O principal fator que faz as pessoas terem consciência de que não é nada agradável nem higiênico conviver com o lixo espalhado pela cidade é o nível de educação: mais de 98% da população é alfabetizada, o que faz, claro que não automaticamente, mas como uma conditio sine qua non, com que a qualidade de vida (nela se inclui a consciência ambiental) e a renda per capita sejam altas. A educação é uma das causas e não a conseqüência de boa qualidade de vida e de bom nível de renda. Pelos dados da ONU, Barbados está em 30° lugar no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), o melhor entre os países considerados em desenvolvimento, enquanto que o Brasil está em  36°. Mesmo o município com o melhor IDH no Brasil, São Caetano do Sul (SP), tem um índice menor do que Barbados; já o pior, Manari (PE), equipara-se ao nível dos últimos países da lista. O índice de alfabetização relativamente baixo do Brasil, porém, não exime de culpa quem teve educação e tem consciência de como poderia agir, mas mesmo assim insiste em jogar aquela latinha de cerveja pela janela do carro ou todo dia usa 5 copos descartáveis de plástico para tomar cafezinho no escritório, quando poderia usar sua xícara pessoal, que, claro, é menos prática e tem de ser lavada.

Uma das coisas que funciona muito bem aqui e que desandou no Brasil, embora também funcionasse há pouco mais de uma década, é a devolução de garrafas vazias. Por comodidade, optou-se por quase que exclusivamente fazer e comprar garrafas pet, que causam inúmeros danos ao meio-ambiente, latinhas e embalagens tetra pak. Aqui todas as garrafas, sejam de plástico ou de vidro, sejam grandes ou long neck, são recolhidas e reutilizadas ou recicladas. O sistema é simples, como já era no Brasil antes de optarmos pela comodidade: há um depósito a ser pago, de mais ou menos R$ 0,25 sobre cada garrafa comprada, não interessando onde foi adquirida. Depois de vazias, o consumidor pode entregá-las em postos de coleta. Todo supermercado, por exemplo, recebe garrafas de volta. Ao devolvê-las, o consumidor recebe um ticket referente ao valor das garrafas devolvidas, que pode ser usado para comprar qualquer produto, não sendo necessário adquirir a mesma bebida para poder ter o “direito” de devolver as garrafas. Isso é eficiente, funciona. Por que nós não fazemos? Preguiça e descaso com o meio-ambiente. O Brasil é um dos países com os mais altos índices de reciclagem de latas de alumínio, o que é louvável. Infelizmente não temos este alto índice de reciclagem por conta de nossa consciência ecológica, mas sim pela miséria que faz com que os mais pobres entre os pobres desesperadamente catem latas por todos os cantos.  O ideal seria continuar reciclando, sem a necessidade de se apoiar na miséria, mas por consciência de que assim causaremos menos prejuízos ao planeta. Por falar em embalagens: aqui o leite e os sucos vêm em garrafinhas de plástico ou mesmo em caixinhas de papelão com parede interna revestida de plástico (mas não com alumínio, como acontece nas terríveis embalagens tetra pak, que causam alergia a quem tem hipersensibilidade a este metal), os produtos permanecem refrigerados e têm uma validade de cerca de 15 dias.

A conscientização da população em relação à limpeza também tem um forte apelo: o turismo. Grande parte da entrada de dinheiro no país vem dos turistas americanos e europeus. Todo mundo sabe que quase ninguém viria para cá se as praias estivessem sujas e as águas poluídas. As redes de água e esgotos aqui são bem estruturadas. A água distribuída é potável e em grande parte vem do mar, passando por processo de dessalinização. O esgoto é tratado e devolvido, através de emissários, em pontos no alto-mar, a boa distância da costa. Há cerca de 30 anos não era assim, mas que esta medida fez com que as águas das praias azul-turquesa desta partezinha do Caribe, assim como se vê em filmes, ficassem totalmente limpas. Em Bridgetown há um pequeno braço de mar que adentra a cidade e serve de atracadouro. Ao contrário do que se possa imaginar, as águas lá são transparentes, sendo possível ver peixes quando se está parado em alguma das pontes que a cruzam.

Aqui ocorre um debate interessante na mídia sobre um tipo de poluição geralmente ignorado por nós brasileiros: o país inteiro está discutindo uma nova lei sobre poluição sonora, que o governo implantará em breve. Em termos gerais, há bastante barulho, especificamente nas vias principais de Barbados, mesmo que a ilha seja um lugar bastante tranqüilo e silencioso. As pessoas adoram berrar para chamar a atenção de conhecidos que estão passando, as vans e os ônibus particulares têm sistemas de som infernais instalados, que o dia todo tocam músicas locais, a buzina é um dos acessórios mais usados no carro, algumas igrejas usam sistemas de som externo durante seus cultos.

Nos jornais freqüentemente há artigos que tratam de questões ambientais, mostrando que o assunto faz parte do dia-a-dia e é de interesse e preocupação da população como um todo. Talvez o tamanho do país também faça esta necessidade de preservar saltar aos olhos, pois se as pessoas começassem a destruir, não haveria muito que destruir, ao contrário do imenso Brasil, onde alguns milhares de hectares desmatados são só uma pequena mancha visível nas imagens de satélite, fazendo com que estas questões nos pareçam distantes e pouco importantes.

A companhia telefônica daqui lançou uma linha chamada “The Green Line”, totalmente operada por computador, funciona com mensagens gravadas. Ela é gratuita e dá informações de como os cidadãos podem dar destinação correta a diferentes tipos de materiais, como p. ex., o que fazer com carros e aparelhos domésticos  inutilizados, com lixo tóxico, baterias etc., indicando os locais corretos de entrega, além de dar informações de como fazer um local de decomposição de lixo orgânico em casa, de quais são as leis ambientais e as normas sanitárias do país, de como fazer denúncias e quais as companhias e grupos comunitários que são “environmentally-friendly”. O acesso à informação é fundamental.

Mesmo que ainda demandem melhoras, as atitudes do governo e dos cidadãos de Barbados em relação ao meio-ambiente podem fornecer bons exemplos para que nós também cuidemos do nosso país, abençoado por Deus, bonito por natureza, mas vítima de desleixos praticados por muitos de nós.

 

 
* O autor reside em Barbados, nas Índias Ocidentais, desde 2005. Marco Aurelio Schaumloeffel já viveu  no Gana, África Ocidental (de 2003 a 2005) é mestre em lingüística (UFPR), graduado em português, alemão e literatura e professor (leitor brasileiro) na University of the West Indies, enviado pelo MRE/Itamaraty. Além de livros e artigos nas áreas de lingüística, português, alemão, história e cultura brasileira, o autor também já redigiu artigos com temáticas ambientais para o website da ONG Curupira Ambiental, da qual é membro. Para obter mais informações sobre Barbados visite o site www.schaumloeffel.net e clique em “The Barbados Blog”. E-Mail para contato: marco@schaumloeffel.net

Source: Marco