Category: Deutsch

  • Brasilianisches Hunsrückisch schreiben? / Escrever o Hunsrückisch brasileiro?

    Picture

    Brasilianisches Hunsrückisch schreiben? / Escrever o Hunsrückisch brasileiro? Perguntas e discussões essenciais.
    Marco Aurelio Schaumloeffel


    Präsentation während des 9. Brasilianischen Deutschlehrerkongress – Deutsch (über)Brücken – 22.-24. Juli 2015
    Universidade do Vale do Rio dos Sinos – São Leopoldo – RS – Brasilien


    Programm + Abstracts ISSN 2446-9092 (Abstract auf Seite 30)
    Website des Kongresses

    PowerPoint der Präsentation: bitte per E-Mail anfragen/solicitar por e-mail

    Audio-Datei/Arquivo de áudio com as 10 frases estudadas.

    Abstract
    Brasilianisches Hunsrückisch schreiben?
    Marco Aurelio Schaumloeffel
    Brazilian Studies, The University of the West Indies, Cave Hill Campus, Barbados

    Ziel dieser Präsentation ist grundsätzlich zu diskutieren, warum und ob man das brasilianische Hunsrückisch (Riograndensisch, Katharinensisch und ihre Varianten) schreiben soll. Anhand dieser Frage, werden die Vor- und Nachteile einer eventuellen Festlegung einer Schreibweise analysiert und was diese unbedingt im Kontext der Komplexität und Vielfalt der Varianten beinhalten und berücksichtigen müsste. Beispiele aus zwei komplett unterschiedlichen Kontexten, nämlich aus der Schweiz und den ABC-Inseln (Aruba, Bonaire und Curaçao in der Karibik), wo Schweizerdeutsch bzw. Papiamentu gesprochen wird, zeigen auf mögliche Wege zu Lösungen auf diese Frage. Bereits existierende Vorschläge von Schreibweisen für das brasilianische Hunsrückisch werden unter den erstellten Kriterien auf ihre Anwendbarkeit und Funktionalität getestet und analysiert.

  • Por que dizer “sich aposentieren” no Hunsrückisch brasileiro está correto?

    Picture

    Artigo publicado

    Por que dizer “sich aposentieren” no Hunsrückisch brasileiro está correto?

    Revista Projekt, número 52, Dezembro de 2014 – ISSN 1517-9281

    Artigo em pdf

    Revista completa

    Por que dizer “sich aposentieren” no Hunsrückisch brasileiro está correto?

    Marco Aurelio Schaumloeffel, University of the West Indies, Barbados

    Introdução

    Você acharia graça se alguém usasse a palavra Fenster em Hochdeutsch (alemão-padrão) ou a palavra armazém em português? Provavelmente não, por considerá-las palavras que fazem parte do léxico, do vocabulário “normal” destas línguas. Contudo muitos acham graça e até mesmo consideram erro crasso alguém usar palavras provenientes do português nas variantes dos dialetos Hunsrückisch[1] falados no Brasil. Taxam o Hunsrückisch de “alemão-de-capoeira”, “língua de colono pobre e coitado”, “coisa de ignorante”, “língua de gente que não sabe falar direito”, “alemão errado”, para me restringir a apenas alguns dos termos que já ouvi pessoalmente.

    O objetivo deste curto artigo é esclarecer, desmistificar e explicar de forma simples os motivos pelos quais palavras do português são emprestadas, incorporadas e usadas na língua que muitos falam como sua língua materna, especialmente no sul do Brasil.

    O Empréstimo Linguístico

    As afirmações acima sobre o Hunsrückisch brasileiro não passam de preconceito linguístico, devido ao status social a ele conferido ao longo dos anos. O preconceito linguístico é “mais precisamente o julgamento depreciativo, desrespeitoso, jocoso e, consequentemente, humilhante da fala do outro (embora preconceito sobre a própria fala também exista)” (Scherre 2008, p.12). Estas afirmações acerca do Hunsrückisch brasileiro não possuem, contudo, nenhuma base lógica ou correta do ponto de vista científico dos estudos em Linguística. Cabe aos estudiosos das línguas a análise e a contextualização de fenômenos que ocorrem dentro dos mais diversos aspectos da gramática e do vocabulário. Para que entendamos melhor o fenômeno do uso de palavras do português no Hunsrückisch brasileiro, gostaria de brevemente mencionar a origem das duas palavras mencionadas acima como desencadeadoras dessa reflexão: Fenster e armazém, presentes no alemão e no português atuais, respectivamente.

    Essas palavras são aparentemente triviais e fazem parte inquestionável de sua respectiva língua, mas, historicamente, elas também são fruto de empréstimos linguísticos[2]. Em termos simples e sem entrar em nuances e detalhes de como ocorre esse fenômeno, um empréstimo linguístico é a transferência, o empréstimo de um termo de uma língua para outra. Há vários motivos pelos quais empréstimos linguísticos são feitos, mas de forma generalizada podemos afirmar que eles ocorrem principalmente porque um determinado termo não existia no momento de sua incorporação na nova língua ou porque o novo vocábulo viria substituir um termo anterior, o qual talvez tenha caído em desuso ou que, p. ex., possa ter perdido seu status de uso no dia-a-dia. Há, ainda, casos de empréstimos que são incorporados com a finalidade de desambiguação.  No português atual, p.ex., a palavra inglesa off parece ter um status maior, ao menos nos shoppings, do que a palavra desconto, embora muitos talvez nem saibam exatamente o que off signifique.

    Voltemos, contudo, aos exemplos mencionados acima. A palavra alemã Fenster deve sua origem ao latim; após algumas transformações linguísticas bastante comuns (alterações fonéticas e morfológicas), o termo latino fenestra (janela) transformou-se em Fenster. No português temos a palavra defenestrar (jogar/jogar-se pela janela), proveniente da mesma fenestra latina.

    Já a palavra armazém no português é de origem árabe: al-makhzan, um lugar para guardar mercadorias, depósito; é daí que também surge a palavra portuguesa magazine[3].

    Qual o objetivo de usar essas duas palavras? Elas servem para ilustrar como as línguas recorrem a termos de outras línguas e os incorporam, a ponto de nem serem mais identificadas como provenientes de outro idioma. Esse é um recurso muito normal, difícil de ser percebido em palavras mais antigas como armazém e bem mais fácil de ser identificado em palavras como sanduíche (obviamente proveniente do inglês sandwich). Algumas vezes, até mesmo alteramos o sentido de palavras quando empréstimos linguísticos são feitos: lunch (que em inglês significa “almoço”) vira lanche, que em português significa uma “refeição rápida ou pequena”.

    Esse tipo de incorporação, porém, não permite que nós afirmemos que o português deixou de ser português porque agora usa as palavras armazém e lanche, ao invés de outras equivalentes que talvez já tenham caído em desuso ou quem sabe nunca tenham existido. Se assim fosse, seríamos privados de milhares de palavras; talvez só um punhado de palavras “genuínas”, o que quer que isto signifique, ficariam a nossa disposição.

    O Caso do Hunsrückisch Brasileiro

    O mesmo fenômeno ocorre com o Hunsrückisch brasileiro. Os alemães que imigraram para o Brasil nem sempre sabiam falar o alemão-padrão; em muitas áreas do novo mundo, o Hunsrückisch se estabeleceu como língua-padrão, por ter sido a língua da maioria (cf. Altenhofen 1996, Damke 1997 e Pupp Spinassé 2008). Ele funcionava como uma espécie de língua-franca, pois a origem de muitos imigrantes nem sequer era a região do Hunsrück, mas sim outras partes da área onde hoje estão situadas a Alemanha, a Áustria, a Suíça e até mesmo partes da França e da Polônia atuais, onde se falava alemão. Grande parte dessa imigração ocorreu de 1824 até o final daquele século. As comunidades se formavam e muitas vezes ficam isoladas, sem contato algum com a área de língua alemã dos antepassados, e algumas vezes até mesmo de certa forma isoladas em relação a outras áreas do próprio Brasil, onde se falava português, italiano e outras línguas.

    As línguas são extremamente dinâmicas, apesar de muitas vezes nem nos darmos conta de que elas funcionam assim. Como exemplo anedótico, pensemos em uma pessoa dos anos de 1950, que tenha sido guardada em uma caixa naquela época e que só tenha sido libertada recentemente para ver o mundo dos nossos dias. Será que ela saberia do que estamos falando se citássemos termos como celular, computador, impressora, fibra ótica, crédito pré-pago, DVD, curtir e postar na rede social, entre outras centenas de verbetes e expressões? Certamente não, essa pessoa se sentiria completamente perdida, como se estivéssemos falando em outra língua ou “com códigos secretos”.

    Algo parecido se deu com o Hunsrückisch brasileiro. Ele passou a existir de forma relativamente isolada em relação às variedades faladas na região do Hunsrück na Alemanha. Em compensação, porém, ele passou a conviver com as variantes do português brasileiro e, em algumas circunstâncias, também em contato com outras línguas europeias faladas no Brasil. Essa situação de contato é condição necessária para que haja um ambiente propício para a ocorrência de empréstimos linguísticos. Se nós já fazemos empréstimos de línguas com as quais sequer estamos em contato direto, então imaginemos a situação do Hunsrückisch no Brasil.

    Além do desenvolvimento independente da língua de origem, com o passar do tempo, novas invenções surgiram e, com ela, a necessidade de criar ou emprestar centenas de palavras. Como “batizar” a televisão em Hunsrückisch brasileiro, se o termo do alemão-padrão não é conhecido e não está à disposição? Inevitavelmente a solução é recorrer à língua com a qual se está em contato, daí surge a solução e o nome do objeto, já adaptado à fonética do Hunsrückisch brasileiro: televisón. A outra solução é recorrer à criatividade e usar termos disponíveis na própria língua para criar a nova palavra: Bildakaschte (junção dos termos alemães “Bilder” e “Kasten”, significando em tradução direta para o português “caixa de imagens”), palavra que ocorre em algumas regiões e é uma variante de televisón. Nada de errado e nem de absurdo nisto, apenas um fenômeno linguístico passível de ocorrer em línguas vivas. Ou de onde os alemães teriam tirado a palavra Fernsehen (fern – longe, sehen – ver)? Ela é formada exatamente como televisão (do grego tele – longe, em junção com o latim visione – visão).

    Em suma, quando um falante de Hunsrückisch brasileiro diz que o seu avô hot sich endlich aposentiert[4] (“finalmente se aposentou), ele não comete nenhum erro, nenhum atentado absurdo à língua, nem demonstra que é pouco inteligente. Ao contrário, mostra como a língua é dinâmica, como ela pode se adaptar às necessidades e aos fatos do dia-a-dia. Ele demonstra, na verdade, que sua língua funciona perfeitamente como instrumento de comunicação, com regras gramaticais e fonéticas definidas, exatamente como qualquer outra língua. Inclusive, sequer foge à regra de ter exceções gramaticais. Com a expressão usada, esse falante exprime exatamente o que tem de ser dito para que a comunidade de falantes entenda o que pretende dizer. Ao contrário, se fosse arrogante e quisesse mostrar o quão é “versado”, dificilmente seria entendido pelos falantes do Hunsrückisch ao recorrer à expressão usada atualmente na Alemanha para dizer a mesma coisa: er ist in Rente gegangen ou er ist in den Ruhestand gegangen.

    Conclusão

    O preconceito em relação a este fantástico e completo sistema de comunicação que é o Hunsrückisch brasileiro, um verdadeiro tesouro que carrega dentro de si a cultura e a história de um povo, infelizmente ainda persiste. A falta de conhecimento em relação ao Hunsrückisch gera desconsideração. Uma pena que ainda haja alguns professores, inclusive de alemão, que ignorantemente desprezam o Hunsrückisch, procurando uma superioridade fantasiosa calcada em sua própria arrogância e ignorância acerca do funcionamento linguístico e orgânico de um sistema completo de comunicação oral, como é o caso do Hunsrückisch brasileiro.

    O objetivo deste curto artigo foi demonstrar o quão importante é a reflexão e a compreensão adequada de fenômenos como o bilinguismo entre os descendentes de alemães, italianos, japoneses e de outras etnias, inclusive as indígenas, no Brasil. Não há justificativa científica para procurar eliminar o bilinguismo entre os falantes no Brasil, não há justificativa lógica nem prática para tal. Ser bilíngue é uma vantagem no mercado de trabalho no mundo todo, mas em nosso caso também é uma questão de não ignorar, apagar ou menosprezar a própria história. Somos o que somos, somos quem podemos ser.

     

    Referências

    ALTENHOFEN, Cléo Vilson. Hunsrückisch in Rio Grande do Sul. Ein Beitrag zur Beschreibung einer deutschbrasilianischen Dialektvarietät im Kontakt mit dem Portugiesischen. Stuttgart: Steiner, 1996.

    BARANOW, Ulf Gregor. Studien zum deutsch-portugiesischen Sprachkontakt in Brasilien. Tese de Doutorado. München: Ludwig-Maximilians-Universität, 1973.

    DAMKE, Ciro. Sprachgebrauch und Sprachkontakt in der deutschen Sprachinsel in Südbrasilien. Frankfurt am Main: Peter Lang, 1997.

    PUPP SPINASSÉ, Karen. Os imigrantes alemães e seus descendentes no Brasil: a língua como fator identitário e inclusivo. Conexão Letras. Porto Alegre: PPG-Letras, UFRGS, 2008, vol. 3, n. 3, p. 125-140.

    SCHAUMLOEFFEL, Marco Aurelio. Interferência do Português em um Dialeto Alemão Falado no Sul do Brasil. Bridgetown: Lulu, 2007.

    SCHERRE, Maria M. P. Entrevista sobre Preconceito Linguístico, variação e ensino concedida a Jussara Abraçado. Caderno de Letras da UFF – Dossiê: Preconceito linguístico e cânone literário, n. 36, p. 11-26, 1. Sem., 2008.

    WEINREICH, Uriel. Sprachen in Kontakt. München: Beck, 1976.

    NOTAS

    [1] Optou-se pelo termo Hunsrückisch brasileiro neste artigo para deixar claro que o autor se refere às variedades dele faladas no Brasil. Geralmente se diz que as variantes do alemão do Brasil são, predominantemente, originárias do Hunsrück. É importante, porém, frisar que não existe apenas uma variante naquela região (e nem no Brasil) que possa ser denominada assim. Há diversas variedades, embora com grande parte dos seus sistemas em comum. Desse modo, pode-se falar na Alemanha, por exemplo, de variedades como o Moselfränkisch e o Rheinfränkisch; este último, por sua vez, engloba variedades de Hessisch e Pfälzisch (Schaumloeffel 2007, p. 32-33). Para obter mais detalhes sobre o Hunsrückisch, recomendamos os estudos de Altenhofen (1996), Baranow (1973) e Damke (1997).

    [2] Há muitos estudos sobre o fenômeno dos empréstimos linguísticos. Para maiores detalhes consulte p. ex. Weinreich (1976).

    [3] Dicionários etimológicos são instrumentais para o estabelecimento da origem dos empréstimos linguísticos. Como os dois exemplos aqui citados são relativamente bem conhecidos, nenhum dicionário etimológico foi consultado. Porém, até mesmo uma consulta rápida on-line permite confirmar a sua origem. Para armazém veja http://www.dicionarioetimologico.com.br/ e para Fenster consulte http://www.duden.de/.

    [4] Assim como muitas palavras, o verbo “sich aposentieren” (aposentar-se) apresenta diferentes variantes nas mais diversas regiões. Ele p. ex. também pode ser realizado como “sich aposehtere”, “sich aposentehren”, “sich aposentiere”. O sistema de aposentadoria só passou a existir em 1889 na Alemanha, portanto, provavelmente não beneficiava nem era conhecido pelos imigrantes alemães do Hunsrück no momento em que a maioria deles imigrou para o Brasil. O autor deste artigo é falante nativo da variedade Hunsrückisch falada em Boa Vista do Herval, localidade do município de Santa Maria do Herval – RS, e os exemplos citados aqui constam no corpus por ele coletado com mais de 13 horas de gravações feitas com 36 entrevistados selecionados de acordo com critérios sociolinguísticos (Schaumloeffel  2007).

  • Emilio Tezas Aufschlüsselung der Grammatik des Papiamentu

    Chapter in Book – German

    Emilio Tezas Aufschlüsselung der Grammatik des Papiamentu

    SCHAUMLOEFFEL, Marco Aurelio. Emilio Tezas Aufschlüsselung der Grammatik des Papiamentu. In: Philipp Krämer (Org.). Ausgewählte Arbeiten der Kreolistik des 19. Jahrhunderts / Selected Works from 19th Century Creolistics. 1ed.Hamburg: Buske, 2014, Kreolische Biblithek Band v. 24, p. 31-38.

    Leseprobe: hPicturettps://buske.de/reading/web/?isbn=9783875486780

    Webseite des Verlags:
    http://www.buske.de/product_info.php?products_id=3881

    Philipp Krämer (Hg.)
    Ausgewählte Arbeiten der Kreolistik des 19. Jahrhunderts / Selected Works from 19th Century Creolistics
    Emilio Teza, Thomas Russell, Erik Pontoppidan, Adolpho Coelho
    Kreolische Bibliothek, Band 24. 2014. 184 Seiten. 978-3-87548-678-0.

    Die Disziplingeschichte der Kreolistik ist noch lange nicht vollständig aufgearbeitet. Gerade im 19. Jahrhundert entfaltete sich ein neues Interesse für Kreolsprachen.
    Dieser Band zeigt die ganze Vielfalt der Vorläufer des Faches: Vier bisher weniger beachtete Texte aus verschiedenen Ländern von ganz unterschiedlichen Autoren mit ihren eigenen Schwerpunkten können im Original und in deutscher Übersetzung neu entdeckt werden. Neben den Editionen beleuchten zu jeder historischen Arbeit jeweils zwei Kommentare von ausgewiesenen Fachleuten die Facetten der Quellen. Vom epistemologischen Erbe der Disziplin zur biographischen Vorstellung der Autoren, von der historischen Grammatik zur philologischen Bedeutung der Oralliteratur reichen die Fragestellungen, welche die heutige Kreolistik anhand älterer Texte angehen kann.

    INHALT 

    Vorwort …………………………………………………………………………………………… VII

    Einleitung: Vier Kreolisten – und was ihre Arbeiten für die Gegenwart
    bedeuten (Philipp Krämer) …………………………………………………………………. IX

    Il dialetto curassese (Emilio Teza) ……………………………………………………….. 1

    Der Dialekt von Curaçao (Emilio Teza) ……………………………………………….. 11

    Emilio Teza: A Curious Genius and Nomad of Philology
    (Roberta Pasqua Mocerino / Markus Lenz) ………………………………………….. 23

    Emilio Tezas Aufschlüsselung der Grammatik des Papiamentu
    (Marco Aurelio Schaumloeffel) …………………………………………………………… 31

    The Etymology of Jamaica Grammar (Thomas Russell) …………………………. 39

    Thomas Russell’s Grammar of “A Stubborn and Expressive Corruption”
    (Don E. Walicek) ………………………………………………………………………………. 55

    Thomas Russell’s Contribution to Historical Jamaican Grammar
    (Joseph T. Farquharson) ……………………………………………………………………. 67

    Einige Notizen über die Kreolensprache der dänisch-westindischen Inseln
    (Erik Pontoppidan) ……………………………………………………………………………. 79

    Det dansk-vestindistke kreolsprog (Erik Pontoppidan) ………………………….. 89

    Die dänisch-westindische Kreolsprache (Erik Pontoppidan) …………………… 99

    Dr. med. Erik Pontoppidan und das Negerhollands (Peter Stein) …………….. 109

    Die kreolische Oralliteratur: eine Kultur des Widerstandes?
    (Magdalena von Sicard) ……………………………………………………………………… 123

    Os dialectos romanicos ou neo-latinos na África, Ásia e América
    (Adolpho Coelho) ………………………………………………………………………………. 143

    Die romanischen oder neulateinischen Dialekte in Afrika, Asien und
    Amerika (Adolpho Coelho) ………………………………………………………………… 149

    Die letzten Geheimnisse Adolfo Coelhos? (Sílvio Moreira de Sousa) ………. 157

    Neither raça nor povo. Adolpho Coelho’s Particular Universalism
    (Philipp Krämer) ………………………………………………………………………………. 175


    Source: Marco

  • IDV-Magazin Nr. 85

    PictureHerausgeber/Schriftleiter

    IDV-Magazin Nr. 85

    IDT 2013 – DaFWEBKON – Deutsch weltweit: Bosnien-Herzegowina, Japan, Kroatien, Andenländer, Indien, Russland – DACHL-Seminar

    http://www.idvnetz.org/publikationen/magazin/IDV-Magazin85.pdf

  • IDV aktuell 47

    Picture

    IDV aktuell 47

    Nummer 47, Jahrgang 25, Mai 2013, Der Internationale Deutschlehrerverband

    Schriftleiter/Herausgeber: Marco A. Schaumloeffel

    www.idvnetz.org/publikationen/idv_aktuell/idv-aktuell47.pdf

  • Die Zusammenarbeit der Deutschlehrerverbände in Lateinamerika: Geschichte, Fortschritte und Perspektiven

    Picture

    Artikel:

    SCHAUMLOEFFEL, Marco Aurelio. Die Zusammenarbeit der Deutschlehrerverbände in Lateinamerika: Geschichte, Fortschritte und Perspektiven. DaF-Brücke, Quito, v. 12, p. 5-7, 2012.

  • Eine exklusive Liebe – Um amor exclusivo

    Translation

    Picture

    Tradução do livro “Eine exklusive Liebe”, de Johanna Adorján, do alemão para o português. Alguns detalhes do trabalho podem ser encontrados aqui:

     

     

     

    http://thebarbadosblog.blogspot.com.br/2009/09/um-amor-exclusivo-eine-exklusive-liebe.html
    – para comprar: http://www.livrariacultura.com.br/scripts/resenha/resenha.asp?nitem=22467398&sid=66249769915324403716007160
    – um dos comentários de blogs: http://livros.blog.com/um-amor-exclusivo/
    – blog da editora: http://bloggeracaoeditorial.com/2011/04/04/amor-exclusivo-um-romance-emocionante/

  • IDV-Magazin Nr. 84

    Herausgeber/Schriftleiter

    IDV-Magazin Nr. 84

    4. Band – Beirtäge der IDT 2009

    http://www.idvnetz.org/publikationen/magazin/IDV-Magazin84.pdf

  • Präsentation "Konkrete Beispiele in der Verbandsarbeit"

    Picture

    Datei:
    Präsentation Konkrete Beispiele in der Verbandsarbeit – Exemplos concretos de trabalho nas associações”, Belo Horizonte, Brasil, Aug. 2010 (pdf-Datei)

  • Discriminação na Kartoffelfest

    Picture

    Foto de divulgação da Kartoffelfest, publicada no site da prefeitura: www.santamariadoherval.rs.gov.br/kartoffelfest/‎

    Discriminação na Kartoffelfest

    20.05.2010Picture. É sempre com grande alegria que visito minha terra natal. É uma ótima oportunidade para celebrar, ver a família e os grandes amigos que ficaram para trás. Sinto orgulho do lugar onde passei minha infância, o Speckhof, também conhecido como Boa Vista do Herval. No último dia 16 de maio mais uma vez voltei de férias para lá e obviamente fui participar da grande e já tradicional Kartoffelfest, a Festa da Batata. O Herval, assim como várias outras comunidades de origem alemã, italiana ou japonesa do interior do Rio Grande do Sul, é fascinante e único. Lá há o que chamamos de bilingüismo, ou seja, as pessoas falam, ao mesmo tempo, a língua dos seus antepassados e o Português, a nossa língua nacional. As línguas não são só formas de comunicação, elas são muito mais; elas carregam consigo toda uma história e a cultura das pessoas que as falam. Se uma língua deixa de ser falada, é como se a cultura que ela carrega consigo fosse dizimada. Há coisas, p.ex., que sabemos expressar tão bem no dialeto do Hunsrück falado no Herval e que não podem ser ditas com a mesma precisão em Português. O mesmo acontece com qualquer língua: cada uma possui características que são só suas.

    Por muito tempo, especialmente depois da política discriminatória iniciada por Getúlio Vargas, absurdamente proibindo o uso, p.ex., da Bíblia ou de hinários de igreja em alemão, os dialetos e outras línguas faladas no Brasil foram proibidos, teoricamente não podiam ser falados, oficialmente não podiam ser ensinados nas escolas. Isto representou uma “involução”, uma espécie de apologia à “mono-cultura”.

    E por muito tempo as coisas não foram diferentes no Herval: falar Alemão ou Português com sotaque era visto como coisa de “colonos”, considerados pessoas ignorantes, ou seja, havia uma inversão absurda de valores. Só falar Português era visto como correto, falar outras línguas era coisa de gente mal instruída. Mal sabem os que riam das pessoas bilíngües que há muito mais lá fora e que saber falar duas, três, quatro línguas é uma excelente vantagem no mundo competitivo de hoje. Um dos pontos altos deste absurdo intelectual foi a tentativa de um ex-prefeito do Herval de querer proibir os alunos de falarem o Alemão, a língua-mãe deles, nos intervalos das aulas (conforme reportagem da ZH de 26.06.1989). O artigo dizia que o ex-prefeito pretendia “coibir” o uso de Hunsrück nas escolas, dando orientação para que os alunos fossem ameaçados com castigos, caso não cumprissem com a determinação. Aquilo nada mais representava que a tentativa de anular a cultura de um povo. Para minha surpresa, mesmo no ano de 2010, deparo-me com mais um episódio lamentável, como o citado acima, na Kartoffelfest. Segundo relatos de pessoas presentes à festa, um dos jovens integrantes do POE (Policiamento de Operações Especiais), com armas pesadas em punho, resolveu chamar a atenção de um casal de idosos que conversava alegremente em Alemão, pedindo para que estes “falassem direito”, tudo isto em uma festa que carrega em seu próprio nome a celebração cultural de uma comunidade. Aparentemente o episódio exigiu, inclusive, a intervenção louvável do atual prefeito junto ao POE, solicitando que estes se ocupassem somente de sua tarefa, a segurança do local da festa. Sugiro ao comandante do POE que instrua seus comandados, pedindo para que estes deixem a arrogância e a aparente falta de compreensão cultural de lado e, pelo menos, cumpram o que diz nossa lei máxima no país, a Constituição Federal, a fim de não discriminarem cidadãos de bem. Isto está previsto nos artigos 3º, Parágrafo IV e 5º, Parágrafo IX, que proíbem quaisquer tipos de discriminação e a livre expressão de comunicação, entre outros direitos.

    Além do mais, há um agravante neste caso, pois subjacente está a discriminação intelectual ainda hoje imposta aos falantes de duas ou mais línguas em nossas terras. Nós, os hervalenses bilíngues, não temos culpa e não condenamos ninguém por falar uma só língua, mas exigimos respeito por nossa cultura e língua. Aliás, muitos daqueles que frequentemente criticam os “colonões” ou os “alemães-batata” – expressões que já ouvi muitas vezes da boca de alguns que pensam estar em um nível superior, pois se sentem parte “da cidade” e “civilizados” – lamentavelmente nem sequer conseguem falar corretamente a variedade padrão da única língua que sabem.

    Só para citar dois exemplos, na Europa de hoje é quase impossível ser competitivo profissionalmente quando se fala uma só língua. Em Aruba, Bonaire e Curaçao, as Ilhas ABC do Caribe, quase todos os cidadãos sabem falar quatro línguas paralelamente: Holandês, Papiamentu, Inglês e Espanhol. E alguns entre nós ainda querem coibir o Alemão Hunsrück falado em nosso meio. Não são lamentáveis atitudes deste tipo?

    Nós deveríamos ter orgulho da nossa cultura e das línguas faladas em nossas comunidades. Se esquecermos do passado, deixaremos de ser quem somos.

    Os casos acima ilustram a velha história de querer rir de quem se dedica ao conhecimento e vive a multiculturalidade. O mundo já mostrou e continua a mostrar que a ignorância faz de nós, os eternos subjugados. Quanto mais tentarmos “apagar” nosso passado, seja ele de origem africana, europeia, indígena, árabe ou asiática, tanto mais eliminaremos aquilo que nos torna nós mesmos, aquilo que somos hoje. Quanto mais soubermos, melhor para nós e para o país. Quanto mais discriminarmos, mais nós mesmos nos afundaremos na ignorância. Simples assim.

     * Marco Aurelio Schaumloeffel é professor de Alemão, Português e Linguística. Atualmente leciona Português, Cultura Brasileira e Cinema Brasileiro em Inglês na University of the West Indies, em Barbados, no Caribe. Ele elaborou a sua dissertação de mestrado em Linguística pela UFPR sobre o dialeto Hunsrück falado em Boa Vista do Herval.


    Source: Marco